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Diretor da Fênix DTVM aponta caminhos para garantir sustentabilidade da atividade mineral

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O diretor da Fênix DTVM, Pedro Eugênio, apontou que os caminhos para garantir a sustentabilidade da atividade mineral são rastreabilidade, autorregulação e a importância da adoção das práticas ESG (Meio Ambiente, Social e Governança). O setor é um dos mais relevantes do Brasil e tem o estado de Mato Grosso como um dos principais produtores de ouro do país. Os apontamentos foram feitos durante o 2º Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas: Desenvolvimento e Sustentabilidade, no painel sobre Sustentabilidade da Mineração.

De acordo com o diretor, a Fênix DTVM é uma empresa genuinamente mato-grossense e uma das principais instituições financeiras comercializadoras de ouro do Brasil. Já a atividade de extração mineral é uma das mais relevantes economicamente sob a ótica da geração de emprego, do impacto social e ambiental positivo e da arrecadação para os cofres públicos.

Somente em 2022, a atividade de extração mineral, no Brasil, gerou aproximadamente R$ 7 bilhões como Compensação Financeira por Exploração Mineral (Cefem). Desse montante, 76% provieram do minério de ferro e 5,1% do ouro. Mato Grosso ocupa a terceira colocação entre os estados mais produtores do ouro, atrás somente de Minas Gerais e Pará.

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A adoção de boas práticas impulsiona a mineração responsável em pequena e média escalas realizadas por cooperativa de garimpeiros e destinadas a atender as DTVM que atuam na compra e venda de ouro como ativo financeiro.

Basicamente, nós estamos ali no meio do caminho entre a extração mineral de pequena escala e o mercado de consumo de ouro. E nós, como instituição financeira, temos um papel na promoção da mineração responsável e precisamos atuar com boas práticas para estimular a produção responsável. Por isso, desde o início buscamos, através de um diagnóstico, saber de onde veio esse ouro, diligenciar a origem desse ouro, atuar com práticas regulatórias e estimular uma cultura positiva para a produção de ouro responsável para que possamos certificar a compra e venda desse ouro”, apontou Eugênio.

Segundo o diretor, a comercialização de ouro pelas instituições financeiras totalizou 28 toneladas durante o ano passado em todo o país. E como Mato Grosso figura entre os estados líderes na produção do minério, é fundamental que o Estado participe das discussões públicas envolvendo o setor.

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“A mineração em Mato Grosso tem uma relevância muito grande. E, muitas vezes, ela é esquecida nas grandes discussões. Sobre o estado é sempre lembrado muito do agro e a mineração deixada de lado. Mas é importante ressaltar a essencialidade dessa atividade e a relevância econômica e social que ela tem para o Mato Grosso”, concluiu.

Além do especialista, o painel também contou com a participação do chefe do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), professor Giorgio de Tomi, o presidente do Instituto Somos do Minério, Roberto Cavalcanti Batista, o presidente da Cooperativa do Vale do Peixoto, Gilson Camboim, e o diretor executivo do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais (IBGM), Écio Morais.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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