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MINERAÇÃO

Dino marca audiência para discutir mineração em terras indígenas em RO e MT

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino marcou uma audiência sobre a disputa envolvendo a possibilidade de mineração dentro e no entorno de terras indígenas do povo Cinta Larga, nos Estados de Rondônia e Mato Grosso. A reunião será presidida por Dino em 20 de março, às 10h.

O objetivo é colher informações para o processo. O povo Cinta Larga poderá indicar até cinco lideranças, e o Ministério dos Povos Indígenas poderá indicar até três representantes. A Agência Nacional de Mineração (ANM) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) também devem indicar membros para a audiência.

O despacho foi proferido no final do mês de janeiro de 2025, no âmbito de ação movida pela ANM contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que cancelou permissões para mineração nas terras indígenas do povo Cinta Larga e impediu a concessão de novas permissões no entorno de 10 km das terras.

Dino lembrou que a Constituição autoriza a exploração de recursos minerais em Terras Indígenas, desde que sejam atendidos alguns requisitos. “Desse conjunto de condições constitucionais, assume especial relevo os interesses do povo indígena diretamente alcançado pelo caso, na medida em que detém a posse permanente do território demarcado pelo Estado brasileiro”, anotou o ministro.

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O ministro também destacou que a disputa “se alonga por várias décadas, inclusive com eventos trágicos em debate na Justiça Criminal”. O caso começou há 20 anos com uma ação do Ministério Público Federal (MPF) contra o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), atual ANM, que pleiteia a autorização para pesquisar e explorar recursos minerais na região.

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Cientistas descobrem como extrair ouro de celulares e notebooks antigos de forma sustentável

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Em 2022, estima-se que os seres humanos geraram 62 milhões de toneladas de lixo eletrônico — o suficiente para encher mais de 1,5 milhão de caminhões de lixo. Esse volume aumentou 82% em relação a 2010 e deve chegar a 82 milhões de toneladas até 2030.

Esse lixo eletrônico inclui laptops e celulares antigos, que contêm materiais preciosos como o ouro. Menos de um quarto desse lixo é devidamente coletado e reciclado. Mas uma nova técnica desenvolvida para extrair ouro de forma segura e sustentável a partir de resíduos eletrônicos promete a mudar essa realidade.

Descrita em um artigo publicado neste sábado (28/6) na revista Nature Sustainability, o método apresenta uma alternativa ao uso de mercúrio e cianeto — substâncias altamente tóxicas empregadas na mineração tradicional.

Utilizando ácido tricloroisocianúrico ativado com água salgada e um polímero rico em enxofre derivado de resíduos da indústria petrolífera, a técnica permite solubilizar o ouro e depois recuperá-lo de forma seletiva. O processo também inclui reciclagem da água e regeneração dos reagentes químicos – processo que faz parte do conceito de economia circular.

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Testes mostraram a eficácia da tecnologia tanto em minérios quanto em placas de circuito de equipamentos eletrônicos antigos.

Para os pesquisadores, além de oferecer segurança ambiental, a inovação pode beneficiar milhões de garimpeiros artesanais que dependem do mercúrio, além de impulsionar a reciclagem de lixo eletrônico e reduzir a demanda por mineração primária.

“Nosso polímero é interessante porque é derivado de enxofre elementar, uma matéria-prima barata e abundante. O setor petrolífero produz mais enxofre do que consegue vender, então nossa síntese do polímero dá um novo destino a esse recurso subutilizado”, afirmou Justin M. Chalker, pesquisador da Universidade Flinders, na Austrália, em artigo para o The Conversation.

Os próximos passos incluem parcerias com governos, empresas e organizações sociais para testar o método em maior escala. Apesar de desafios em custo e produção, os pesquisadores consideram resultados preliminares promissores.

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