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Cotação do ouro bate recorde com dúvidas sobre rumos da economia americana e decisão da China de reforçar suas reservas

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Puxado pela inflação mundial, pelo crescimento da dívida pública dos EUA, por compras de bancos centrais, em especial o da China, e pelo aumento das tensões geopolíticas, o preço do ouro tem batido recordes históricos neste ano, com a onça-troy (31,1 gramas) passando de US$ 2,4 mil (R$ 12,36 mil), informa Ivo Ribeiro.

O ciclo de alta do metal, que serve como refúgio para investidores em tempos de incertezas, ganhou força após as guerras na Ucrânia e em Gaza. Mantido o cenário atual, a cotação poderá superar US$ 2,5 mil (R$ 12,87 mil). Por aqui, mineradoras apostam em novos projetos.

A desconfiança sobre os rumos da economia americana e a forte atuação de bancos centrais para reforçar suas reservas têm levado o ouro a quebrar sucessivos recordes de preços neste ano.

No mês passado, o metal – que gera fascínio há milênios e foi padrão monetário até meados dos anos 70 – chegou a ultrapassar a marca de US$ 2,4 mil (R$ 12,36 mil) a onça-troy (31,1 gramas). Na visão de especialistas, há espaço para uma cotação de US$ 2,5 mil (R$ 12,87 mil) ou até além desse valor ainda neste ano.

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A atuação de bancos centrais de vários países, especialmente o chinês, para ampliar seus estoques e ter mais ativos tangíveis vem dando forte sustentação à onda altista. O Banco Popular da China fez em maio compras de ouro pelo 17º mês consecutivo e, segundo dados oficiais, já acumula quase 2.300 toneladas – pouco mais de um quarto das reservas dos EUA. Apenas no ano passado, o BC chinês teria adquirido mais de 200 toneladas. Mesmo como maior produtor mundial, o país é o principal importador, com forte poder de influência no mercado do metal.

Também conhecido como metal amarelo, o ouro tem grande sensibilidade às incertezas geopolíticas mundiais. Depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, o cenário geopolítico ficou mais tensionado, e ganhou nova pressão com os eventos no Oriente Médio envolvendo Israel, grupos extremistas e o Irã.

Nesses momentos, uma corrida de investidores às compras de ouro funciona como busca por um porto seguro. Só entre 1º de março e 12 de abril, a cotação subiu 18% – cerca de US$ 400 (R$ 2.060) – por causa da escalada das tensões no Oriente Médio.

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“O que impulsiona o preço do ouro no mercado internacional é o aumento da inflação mundial, principalmente nos EUA, o aumento do risco geopolítico, o aumento das reservas nos bancos centrais de diversos países e as grandes minas de ouro em fase de exaustão do metal, sobrando minas marginais que têm custo mais elevado de implantação e produção”, diz Mathias Heider, engenheiro de minas e especialista em recursos minerais da Agência Nacional de Mineração (ANM).

A produção anual de ouro no ano passado foi superior a 150 milhões de onças, o correspondente a 4,8 mil toneladas. Desse volume, 75% são oriundos da extração de minas e 25%, de metal reciclado. A fabricação de joias fica com quase metade, seguida pela venda aos bancos, barras e moedas, bens de alta tecnologia, ativos financeiros e aplicações industriais.

Quase um quarto da produção do metal no ano passado foi arrematada por bancos centrais para compor as reservas e por outras instituições, segundo dados do World Gold Council. O primeiro trimestre de 2024 foi o mais forte em compras de ouro, com uma procura de 1.238 toneladas.

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Expominério 2025 reúne 17 painéis em três dias de debates técnicos

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A edição 2025 da Expominério terá uma das programações mais completas do setor mineral no país, reunindo ao longo de três dias, entre 26 e 28 de novembro, um total de 17 painéis distribuídos entre os auditórios Minerais e Flores, do Cento de Eventos do Pantanal.

Os debates abordam desde tendências geopolíticas e minerais críticos até desafios ambientais, novas tecnologias, relações comunitárias, políticas públicas e o futuro da mineração sustentável em Mato Grosso e no Brasil. Para um dos organizadores do congresso, Humberto Paiva, a edição deste ano consolida um novo patamar de articulação técnica e institucional.

“Reunir 17 painéis em três dias reforça o propósito da Expominério de ser um espaço real de construção de conhecimento e de diálogo qualificado. A cadeia mineral vive um momento de transformação profunda, em que tecnologia, sustentabilidade, segurança jurídica e participação social caminham juntos. Nossa intenção, ao trazer especialistas de diferentes áreas, é criar um ambiente que permita entender os desafios, apresentar soluções e aproximar cada vez mais o setor das demandas da sociedade”, afirma.

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O evento começa na quarta-feira (26.11), às 8 horas, no Auditório Minerais, com a abertura oficial do ciclo de palestras do IEL e segue para discussões sobre minerais críticos e estratégicos na transição energética, governança e regulação do setor, mineração de gemas, diversidade e inclusão nas operações e os desafios tributários da atividade. Especialistas de diferentes áreas farão análises sobre o momento atual da mineração e os cenários projetados para os próximos anos.

Na quinta-feira (27.11), às 08h30, os painéis tratam dos desafios da mineração diante da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, das relações entre mineração e comunidades, dos conflitos socioambientais e dos avanços tecnológicos aplicados à cadeia produtiva, incluindo energia solar e inovação para eficiência das operações. A programação segue até o início da noite, quando será realizada a palestra magna com o professor titular da USP, Fernando Landgraf.

Ao mesmo tempo, o Auditório Flores recebe o encontro temático “Mercúrio: Olhando Juntos para o Futuro”, organizado pelo Instituto Escolhas. O dia será dedicado à discussão regulatória, análises sobre o futuro da mineração artesanal, apresentação de casos reais de transição para métodos livres de mercúrio e debates sobre alternativas tecnológicas. Representantes de entidades, pesquisadores, lideranças do setor e especialistas internacionais participam das mesas, reforçando o caráter multidisciplinar do encontro.

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No último dia da Expominério (28.11), o congresso encerra com discussões sobre investimentos e dinâmicas do mercado de ouro, políticas de desenvolvimento mineral para Mato Grosso, avanço dos mapeamentos geológicos e a importância dos agregados da construção civil para a infraestrutura estadual.

Os últimos debates tratam da produção de minerais críticos a partir de rejeito e da empregabilidade e desenvolvimento socioeconômico na mineração, antes do encerramento oficial da Expominério 2025, previsto para as 22h.

A Expominério 2025 será realizada de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.

Patrocinador Oficial: Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Também apoiam o evento a Fecomin e a Fomentas Mining Company (patrocinadores Ródio), Nexa Resources, Keystone e Brazdrill (Diamante), Aura Apoena, Salinas Gold Mineração e Rio Cabaçal Mineração (Ouro), além da GoldPlat Brasil e Ero Brasil (Prata).

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