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SUSTENTABILIDADE

Cooperativa de Poconé lança sistema que não usa mercúrio na extração do ouro

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A Cooperativa de Desenvolvimento Mineral de Poconé (CooperPoconé) lançou nesta quinta-feira (16) um sistema que não utiliza mercúrio para extrair o ouro. Uma prática mais sustentável com o meio ambiente e garante mais praticidade na hora da extração do mineral.

O evento foi realizado na Mineradora São Rafael, localizada no distrito de Cangas, município de Poconé (100 km de Cuiabá).

Batizado de “Pelicano”, o projeto de engenharia é pioneiro e o primeiro do Brasil a deixar de usar o mercúrio no processo de separação entre lama e ouro.

A química Isabella Sella explica que a parte inicial do processo segue semelhante ao sistema anterior, porém, com a diferença na separação do mineral.

“Da moagem, o material vem para cá [sistema Pelicano], que é o ponto onde aconteceria a mistura com o mercúrio. Esse ponto de mistura é que vai ser substituído pelo novo equipamento que iremos usar aqui”, disse.

O processo de separação da lama e dos minerais é conhecido como lixiviação, como ressalta Isabela.

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“A lixiviação ocorre quando um determinado agente, no nosso caso o cianeto de sódio ataca essa partícula sólida e faz a liberação dos metais”, explicou.

A coordenadora de licenciamento de empreendimentos de mineração da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), Sheila Klener, destaca que o Brasil faz parte de um acordo global para erradicação do uso do mercúrio no setor.

Segundo ela a preocupação de Mato Grosso é seguir o protocolo e o Sistema Pelicano dá um passo a frente para colocar o acordo em prática.

“Além de cumprir o protocolo, ela vai melhorar a qualidade ambiental e tem o ganho econômico na retirada do mercúrio”, completou.

O presidente da CooperPoconé, André Molina, destacou que o projeto Pelicano vem sendo trabalhado há vários anos e traz não só ambientais, mas também financeiramente mais interessante.

“Além de ter uma defesa ambiental, você também vai ter um retorno financeiro em relação a um projeto tão bonito como esse”.

O diretor da Fomentas Mining Company, Vitor Hugo Moura, destacou o avanço tecnológico no setor de mineração citou o comprometimento com o meio ambiente com o novo sistema de separação dos metais.

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Segundo ele, os empresários do ramo devem continuar em busca de ferramentas mais sustentáveis para o seguimento.

O diretor da Fomentas Mining Company, Vitor Hugo Moura, destacou o avanço tecnológico no setor de mineração citou o comprometimento com o meio ambiente com o novo sistema de separação dos metais.

Segundo ele, os empresários do ramo devem continuar em busca de ferramentas mais sustentáveis para o seguimento.

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Expominério 2025 reúne 17 painéis em três dias de debates técnicos

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A edição 2025 da Expominério terá uma das programações mais completas do setor mineral no país, reunindo ao longo de três dias, entre 26 e 28 de novembro, um total de 17 painéis distribuídos entre os auditórios Minerais e Flores, do Cento de Eventos do Pantanal.

Os debates abordam desde tendências geopolíticas e minerais críticos até desafios ambientais, novas tecnologias, relações comunitárias, políticas públicas e o futuro da mineração sustentável em Mato Grosso e no Brasil. Para um dos organizadores do congresso, Humberto Paiva, a edição deste ano consolida um novo patamar de articulação técnica e institucional.

“Reunir 17 painéis em três dias reforça o propósito da Expominério de ser um espaço real de construção de conhecimento e de diálogo qualificado. A cadeia mineral vive um momento de transformação profunda, em que tecnologia, sustentabilidade, segurança jurídica e participação social caminham juntos. Nossa intenção, ao trazer especialistas de diferentes áreas, é criar um ambiente que permita entender os desafios, apresentar soluções e aproximar cada vez mais o setor das demandas da sociedade”, afirma.

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O evento começa na quarta-feira (26.11), às 8 horas, no Auditório Minerais, com a abertura oficial do ciclo de palestras do IEL e segue para discussões sobre minerais críticos e estratégicos na transição energética, governança e regulação do setor, mineração de gemas, diversidade e inclusão nas operações e os desafios tributários da atividade. Especialistas de diferentes áreas farão análises sobre o momento atual da mineração e os cenários projetados para os próximos anos.

Na quinta-feira (27.11), às 08h30, os painéis tratam dos desafios da mineração diante da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, das relações entre mineração e comunidades, dos conflitos socioambientais e dos avanços tecnológicos aplicados à cadeia produtiva, incluindo energia solar e inovação para eficiência das operações. A programação segue até o início da noite, quando será realizada a palestra magna com o professor titular da USP, Fernando Landgraf.

Ao mesmo tempo, o Auditório Flores recebe o encontro temático “Mercúrio: Olhando Juntos para o Futuro”, organizado pelo Instituto Escolhas. O dia será dedicado à discussão regulatória, análises sobre o futuro da mineração artesanal, apresentação de casos reais de transição para métodos livres de mercúrio e debates sobre alternativas tecnológicas. Representantes de entidades, pesquisadores, lideranças do setor e especialistas internacionais participam das mesas, reforçando o caráter multidisciplinar do encontro.

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No último dia da Expominério (28.11), o congresso encerra com discussões sobre investimentos e dinâmicas do mercado de ouro, políticas de desenvolvimento mineral para Mato Grosso, avanço dos mapeamentos geológicos e a importância dos agregados da construção civil para a infraestrutura estadual.

Os últimos debates tratam da produção de minerais críticos a partir de rejeito e da empregabilidade e desenvolvimento socioeconômico na mineração, antes do encerramento oficial da Expominério 2025, previsto para as 22h.

A Expominério 2025 será realizada de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá.

Patrocinador Oficial: Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Também apoiam o evento a Fecomin e a Fomentas Mining Company (patrocinadores Ródio), Nexa Resources, Keystone e Brazdrill (Diamante), Aura Apoena, Salinas Gold Mineração e Rio Cabaçal Mineração (Ouro), além da GoldPlat Brasil e Ero Brasil (Prata).

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