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EM 2022

Construção civil lidera entre as atividades de mineração mais licenciadas pela Sema-MT

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As atividades de mineração mais licenciadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) são para utilização na construção civil, como a areia, cascalho, argila, granito, basalto e calcário. No ano de 2022, foram expedidas 200 Licenças de Operação (LO) para essas atividades, conta a coordenadora de Mineração da Sema, Sheila Klener.

Ela ressalta que o setor analisa os processos usando critérios ambientais e a legislação vigente para verificar a interação desta atividade com o meio ambiente. “O processo de licenciamento ambiental é essencial para que qualquer setor produtivo, e principalmente da mineração, trabalhe legalizado. Isso faz com que o empreendedor saiba a maneira correta de evitar ou mitigar os possíveis impactos ambientais de uma atividade”, destaca a coordenadora.

Para desenvolver qualquer atividade mineral é necessário obter a autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM), pois todo bem mineral pertence à União. Em seguida, o interessado deve procurar a Sema para obter o licenciamento ambiental para a atividade.

“Desde uma extração de argila, de areia, de cascalho, até um grande empreendimento como fábrica de cimento ou mineração de polimetais, todos esses empreendimentos passam pela Coordenadoria de Mineração para garantir o cumprimento da Política Nacional do Meio Ambiente”, explica.

A extração mineral devidamente licenciada tem papel importante para a economia. Conforme a Empresa Mato-grossense de Mineração (Metamat), Mato Grosso alcançou o primeiro lugar entre os estados brasileiros em requerimentos minerais para a ANM, e é o sexto com maior produção mineral do país.

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Licenciamento eficiente

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, afirma que o órgão ambiental tem dado atenção ao licenciamento, aumentando a eficiência e reduzindo o prazo de análise de processos de todas as modalidades, não só para a atividade mineradora. O licenciamento acessível fomenta a legalidade em Mato Grosso, e aumenta o controle ambiental do Estado.

O licenciamento trifásico, utilizado para autorizar a mineração, teve uma redução de 60% no tempo de resposta ao empreendedor nos últimos quatro anos. Em 2018, o tempo médio desta modalidade de licenciamento era de 230 dias, e atualmente, é de cerca de 93 dias.

Extração legal de ouro

A Sema expediu 140 licenças de extração de ouro no ano de 2022. A coordenadora ressalta que com o licenciamento ambiental é feita a aplicação adequada do plano de controle ambiental. “Desde que as atividades minerais passaram a ser licenciadas, no início da década de 1990, tivemos um grande ganho ambiental. A Sema vistoria as atividades, e os empreendedores buscam a cada dia melhorar seus procedimentos com novas tecnologias, tanto de beneficiamento quanto de apuração, no caso do ouro”, avalia.

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Os altos morros de terra vistos da estrada que vai para Poconé, por exemplo, que geralmente causam impacto visual em quem passa, são chamados de “bota fora”, ou seja, o material estéril que não possui ouro. É importante destacar que, para estar no local, este material está adequado quanto à localização e altura, para garantir a segurança.

Ela cita como exemplo de tecnologia a favor do meio ambiente o primeiro empreendimento minerário na região da Baixada Cuiabana, com um sistema que realiza a apuração do ouro sem a utilização de mercúrio, licenciado no ano passado pela Sema. O equipamento denominado “Pelicano” usa cianeto de sódio, que tem os rejeitos tratados e neutralizados antes do descarte, sem gerar danos ao meio ambiente.

Sema desarticula garimpos clandestinos

Além de melhorar a eficiência do licenciamento para aumentar a legalidade das atividades minerais, o órgão ambiental, em parceria com o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) atuou em 16 operações de combate a extração ilegal de ouro no ano passado. Foram aplicados R$ 6,8 milhões em multas e a desarticulação de garimpos clandestinos.

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Expominério 2025 apresenta tecnologias que substituem o mercúrio na mineração

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A mineração brasileira vive um processo de transformação silenciosa e profunda, e Mato Grosso está entre os protagonistas dessa mudança. A Expominério 2025, o maior evento de mineração do Centro-Oeste, terá lançamento oficial na próxima quinta-feira, dia 25 de setembro, às 19h, no Aeroporto Santo Antônio, no município de Santo Antônio de Leverger.

Este ano, a feira contará com um embaixador especial: o minerador Valdnei Mauro de Souza, que representa a força e a tradição da mineração em Mato Grosso. Durante o lançamento, será realizada também a assinatura do Protocolo Ouro sem Mercúrio – uma iniciativa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), em parceria com o SEBRAE e mineradoras da Baixada Cuiabana. Um marco histórico para a mineração mato-grossense, reforçando o compromisso com práticas sustentáveis e responsáveis no setor.

Novos métodos como mesas vibratórias, lixiviação e calhas concentradoras têm ganhado espaço e permitido ganhos de eficiência, segurança e qualidade no processo de beneficiamento mineral. “Essa modernização não é apenas um discurso. Em Mato Grosso, mineradoras e cooperativas vêm testando e implementando práticas que reduzem os impactos ambientais, garantem maior controle técnico e, sobretudo, demonstram que a mineração pode gerar riqueza sem comprometer a saúde dos ecossistemas. Áreas mineradas e de garimpo, antes consideradas improdutivas, têm sido recuperadas e convertidas em novas oportunidades econômicas, como agropecuária e piscicultura. Há ainda experiências inovadoras, como o reaproveitamento de rejeitos da Baixada Cuiabana na produção de vasos decorativos, agregando valor a um subproduto da atividade”, explica a advogada especialista em direito minerário, Pamela Alegria, que é uma das organizadoras da Expominério.

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O avanço da mineração sustentável ganha ainda mais relevância quando associado à demanda mundial por minerais críticos — como zinco, níquel, manganês e fosfato — essenciais para a produção de baterias, carros elétricos, sistemas de defesa e inovações tecnológicas.

Mato Grosso, que já é líder nacional na produção de calcário corretivo, autossuficiente em cimento e água mineral, também se firma como fornecedor desses insumos estratégicos. Hoje, 23,8% do território estadual está sob processos minerários, o equivalente a duas vezes a área de Portugal.

Expominério 2025

A Expominério 2025 será realizada em Cuiabá de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, e se consolida como o maior evento de mineração do Centro-Oeste. Mais do que uma feira de negócios, ela é a vitrine de uma mineração que busca se reinventar: reúne mineradoras, cooperativas, indústria, pesquisadores, governo e sociedade em torno de debates sobre responsabilidade social, inovação e preservação ambiental.

A mineração se apresenta como um vetor de estabilidade econômica, geração de divisas e oportunidades no país. Com R$270 bilhões movimentados no país em 2024 — quase metade da balança comercial —, o setor mostra que pode ser também protagonista em sustentabilidade, inovação e competitividade. A Expominério é a expressão desse movimento.

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O EVENTO – A Expominério 2025 é uma realização da DPH e tem como patrocinador oficial o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC-MT); patrocinadores Ródio: Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso – FECOMIN, Fomentas Mining Company; patrocinadores Diamante: Nexa Resources e Keytone; patrocinadores Ouro: Salinas Gold Mineração, Rio Cabaçal Mineração e Aura Apoena. Mais informações www.expominerio.com.br

SERVIÇO:
LANÇAMENTO DA EXPOMINÉRIO
DATA: 25 de setembro de 2025 (quinta-feira)
HORA: a partir das 19h
LOCAL: aeroporto Santo Antônio, no município de Santo Antônio do Leverger
Mais informações: (65) 98129-1005

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