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BNDES e MME anunciam fundo de R$ 1 bi para minérios da transição

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O BNDES e o Ministério das Minas e Energia (MME) anunciaram a criação de um fundo de até R$ 1 bilhão para investir na exploração de minerais estratégicos para a transição energética.

O banco vai fazer um aporte de até R$ 250 milhões no veículo, um fundo de investimento em participações (FIP) administrado por um gestor a ser selecionado em chamada pública. O restante será captado junto a investidores nacionais e estrangeiros.

O plano é destinar os recursos às chamadas mineradoras juniores ou de médio porte. Entre 15 e 20 companhias com projetos de pesquisa, desenvolvimento ou implementação de minas no Brasil receberão investimentos do fundo.

Os minérios prioritários são cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, elementos de terras raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco.

Fosfato, potássio e remineralizadores, usados em fertilizantes, também fazem parte da lista.

“O Brasil já é o maior produtor mundial de nióbio, o segundo maior de ferro, magnesita e tântalo, o terceiro de bauxita e o quarto maior em vanádio. Somos o país com a quinta maior reserva de lítio, com 1,2 milhão de toneladas. Com esse incentivo, iremos crescer ainda mais e nos tornar o maior fornecedor de minerais estratégicos do mundo”, afirmou em nota o ministro Alexandre Silveira, do MME.

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Minerais como lítio e níquel são parte essencial das baterias utilizadas em carros elétricos (na foto), e os 17 que compõem o grupo chamado elementos de terras raras são utilizados na fabricação de eletrônicos como smartphones e monitores.

O fundo faz parte da nova política industrial do governo federal. “A gente tem uma corrida mundial para tentar explorar melhor esses minérios, encontrá-los, e é isso que esse fundo vai fazer”, afirmou em nota José Luís Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES.

O FIP Minerais Estratégicos também pretende “induzir as empresas investidas a adotar as melhores práticas ESG, que possam gerar impacto positivo para comunidades locais e minimizar os impactos ambientais dos projetos”, de acordo com o comunicado do banco.

O fundo será anunciado oficialmente na convenção da Prospectors & Developers Association of Canada, maior evento de mineração do mundo, que acontece entre 3 e 6 de março em Toronto.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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