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Atentado a Trump faz bitcoin saltar e deve elevar a procura por ouro

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Após o ex-presidente americano Donald Trump sobreviver a uma tentativa de assassinato, os investidores tendem a dar preferência a ativos de refúgio tradicionais, e podem apostar em negócios mais ligados às chances de o republicano de ganhar a Casa Branca, de acordo com observadores do mercado.

O Bitcoin subiu até 2,7%, alcançando US$ 60.160,71 às 1h05 de Nova York.

As moedas começam a ser negociadas às 5h da manhã em Sydney, quando o dólar pode ganhar um impulso, junto com outros refúgios da volatilidade do mercado, como o iene japonês, o franco suíço e o ouro. Após o ataque, o bitcoin subiu acima de US$ 60 mil.

Os futuros do índice S&P 500 abriram pouco alterados, enquanto os investidores avaliavam as implicações de mercado do ataque a Donald Trump que ameaçava tumultuar as eleições nos EUA. Os futuros do S&P 500 para setembro subiram 0,1% as 18h04 em Nova York, enquanto os contratos do Nasdaq 100 permaneceram pouco alterados. A negociação inicial sugeriu pouca consternação, com os futuros de julho do Cboe VIX sendo negociados a US$ 12,89, acima dos US$ 12,83 do fechamento de sexta-feira (12).

Ainda assim, a tentativa de assassinato do ex-presidente ameaçou quebrar a calma que recentemente impulsionou o índice S&P 500 para recordes, forçando os traders que estavam focados na política do Federal Reserve e na resiliência econômica a considerar as implicações políticas ao adentrar a negociação de verão.

A negociação de títulos dos EUA em dinheiro está fechada na Ásia devido a um feriado no Japão. Os futuros do Tesouro dos EUA caíram, indicando que os rendimentos subirão quando a negociação em dinheiro começar em Londres.

“Os eventos deste fim de semana provavelmente causarão maior volatilidade na abertura de segunda-feira, tanto nos mercados de ações quanto de títulos”, disse Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank. “Esperamos ver uma fuga para portos seguros como o franco suíço e o ouro. O bitcoin reagiu positivamente às notícias como resultado da fuga impulsiva para a segurança.”

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Comentários iniciais do mercado sugeriram que o tiroteio em um comício de Trump no sábado na Pensilvânia pode levar os traders a aumentarem a chance de sucesso do republicano na eleição de novembro. Seu apoio a uma política fiscal mais frouxa e tarifas mais altas é geralmente visto como algo que provavelmente vai beneficiar o dólar e enfraquecer os Treasuries.

Outros ativos positivamente ligados ao chamado comércio Trump incluem ações de empresas de energia, prisões privadas, empresas de cartão de crédito e seguradoras de saúde. Os traders também observarão de perto as medidas de mercado da volatilidade esperada na segunda-feira (15), como aquelas sobre o yuan chinês e o peso mexicano, que começaram a precificar a votação nos EUA.

“Se a eleição se tornar uma vitória esmagadora para Trump, isso provavelmente vai reduzir a incerteza, o que é positivo para ativos de risco”, disse Charles-Henry Monchau, diretor de investimentos do Banque SYZ. “Enquanto isso, pode levar a mais pressão ascendente sobre os rendimentos dos títulos e a uma inclinação da curva de rendimento.”

As ações de tecnologia e energia renovável podem sofrer, ele acrescentou.

O bitcoin também pode subir ainda mais, dado seu apelo aos investidores que buscam uma proteção contra turbulências políticas longe dos ativos financeiros convencionais, e a postura pró-criptomoedas de Trump.

“Esta notícia marca um ponto de mudança nas normas políticas americanas”, disse Kyle Rodda, analista sênior de mercado financeiro da Capital.com, acrescentando que estava vendo fluxos de clientes para Bitcoin e ouro após o tiroteio. “Para os mercados, isso significa negociações de refúgio, mas mais distorcidas em direção a refúgios não tradicionais.”

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“As moedas serão o primeiro grande mercado na segunda-feira na Ásia a reagir aos tiros do fim de semana. Há potencial para volatilidade extra, e obter uma leitura clara pode ser especialmente difícil, uma vez que a liquidez será prejudicada pelo feriado nacional do Japão”, disse Garfield Reynolds, líder da equipe da Ásia da Markets Live.

Estrategistas já esperavam uma volatilidade durante a eleição americana, principalmente porque os democratas ainda estão agonizando sobre a candidatura do presidente Joe Biden, depois que seu desempenho ruim no debate do mês passado levantou questões sobre a idade do democrata. Investidores também estavam lidando com a possibilidade de que a eleição pudesse terminar em uma disputa prolongada ou em violência política.

Mas há poucos precedentes para eventos como os da Pensilvânia. Quando o presidente Ronald Reagan foi baleado, há quatro décadas, o mercado de ações caiu antes de fechar mais cedo. No dia seguinte, 31 de março de 1981, o S&P 500 subiu mais de 1% e os rendimentos do Tesouro de 10 anos de referência caíram 9 pontos-base, para 13,13%, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

“Os mercados naturalmente ficarão em alerta máximo para quaisquer potenciais ataques semelhantes”, disse Neil Jones, analista da TIM Europe. “Eu esperaria que o dólar abrisse mais forte em todos os setores, em função de percepções de que a popularidade de Trump deve aumentar nas pesquisas.”

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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