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Mineração estímulo ao desenvolvimento econômico local

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Marindia Feliciano dos Santos*

 

Com o cenário mineral em evolução crescente nos últimos anos é necessário que os recursos advindos da mineração resultado da compensação financeira mineral, possam ser distribuídos e utilizados de forma equilibrada e justa pelos municípios mineradores.

Mato Grosso é solidificado pela história da extração mineral seus principais minérios são ouro e diamante, dessa forma podemos perceber traços de uma cultura extrativista em vários municípios do Mato Grosso chamamos atenção para o município de Peixoto de Azevedo que desde sua fundação a sua economia tem origem da mineração.

A região do vale do Peixoto situada ao norte do estado de Mato Grosso conhecida pelo seu grande potencial mineral, que não teve índices econômicos positivos em relação ao minério explorado nas décadas 90, após a legalização das jazidas o município recebe uma compensação financeira sobre todo o mineral extraído no município.

O município de Peixoto de Azevedo fica em terceiro lugar no ranking dos municípios com maior arrecadação de CFEM do estado de Mato Grosso com uma arrecadação em 2022 de R$ 10.057.768,05 milhões, só ficando atrás dos municípios de Nobres e Poconé.

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Em arrecadação por substância Peixoto de Azevedo fica em segundo lugar no ranking estadual dos maiores arrecadadores de CFEM por substância de minério de ouro somente perdendo em números para o município de Poconé.

A descoberta de jazidas na região do vale do Peixoto foi um dos principais responsáveis pela interiorização eu desenvolvimento. A exploração mineral nesta região motivou a abertura das principais vias de transportes do estado.

Arrecadação de CFEM o município de Peixoto de Azevedo teve um salto a partir do ano de 2017, onde o mesmo arrecadava R$ 717.221,28 mil e no ano de 2022 arrecadou R$ 10.057.768,05 milhões, fato que é relativo a quantidade de áreas mineradas legalizadas na região do vale do Peixoto, resultado a atuação da Cooperativa do vale dos garimpeiros (COOGAVEPE).

Cooperativas minerais como a COOGAVEPE, são primordiais para os crescimentos da produção mineral, atuantes no processo de legalização nas áreas mineradas elas também desempenham um papel fundamental na recuperação das áreas pós mineração.

O setor mineral nos últimos anos vem apresentando melhoras significativas da sociedade buscando desvencilhar a velha imagem da indústria do extrativismo mineral que ficou no passado, demonstrando maior cuidado ambiental e principalmente preocupação em questões sociais em termos de sustentabilidade.

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A mineração juntamente com os empreendimentos são fonte direta e indireta de geração de emprego e renda que por consequência promove o crescimento econômico isso é um fator determinante para o desenvolvimento de estrutura e infraestrutura dos municípios mineradores também traz um longo alcance junto à comunidade local promovendo o intermédio da renda salarial o que caminha para o aumento da renda per capita.

Municípios mineradores podem conter vários benefícios que são promovidos pela mineração a valoração do seu território a oferta de transporte o aumento da infraestrutura e o crescimento dos benefícios tradicionais proporcionando a ampliação da economia local.

 

* Marindia Feliciano dos Santos é professora Universitária graduado em administração Universidade de Cuiabá( UNIC),pós graduada em Docência do Ensino Superior pela faculdade de Sinop(FASIPE),pós-graduação em psicopedagogia institucional pela Universidade de São Paulo( UNICID) ,Mestrando em economia pela Universidade Federal de Mato Grosso-(UFMT) área de pesquisa economia e desenvolvimento Regional e sustentabilidade.

 

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O Brasil precisa assumir seu papel na corrida dos minerais críticos

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O Brasil está diante de uma oportunidade histórica. Com vastas reservas de lítio, nióbio, grafita, terras raras e outros minerais estratégicos, o país tem condições de se tornar protagonista da transição global para a energia limpa e a economia digital. Mas, para isso, é preciso abandonar improvisos e avançar em direção a uma política pública sólida e confiável.

O recente leilão da Agência Nacional de Mineração (ANM), no qual uma empresa recém-criada em Minas Gerais arrematou áreas de exploração maiores que o Distrito Federal, expôs de forma contundente a fragilidade do atual modelo. Ao permitir que agentes sem histórico ou capacidade financeira assumam concessões dessa magnitude, o Estado transmite o pior sinal possível: afasta investidores sérios e transforma recursos estratégicos em ativos especulativos.

Minerais críticos não são commodities comuns. Eles são a espinha dorsal da economia verde e digital, presentes em baterias, semicondutores, turbinas eólicas, telecomunicações e aplicações de defesa. Quem dominar sua produção, processamento e integração industrial terá papel decisivo na geopolítica do século XXI. Por isso, não se trata apenas de explorar reservas, mas de integrá-las a uma política industrial e tecnológica nacional.

Outros países compreenderam isso e já se moveram. A Turquia transformou suas reservas de boro em instrumento de influência industrial e diplomática, equilibrando cooperação entre Ocidente e China. A Índia lançou em 2025 a sua “National Critical Minerals Mission”, centralizando estratégia, conferindo ao governo federal autoridade exclusiva sobre os leilões e prevendo mais de mil projetos de exploração até 2031. O Canadá, por sua vez, vinculou sua política de minerais críticos diretamente à agenda climática e industrial, incentivando o refino doméstico e a agregação de valor local.

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O Brasil não parte do zero. Em 2024, o IBRAM lançou o “Green Paper”: Fundamentos e Diretrizes para a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE), propondo eixos estruturantes como definição clara da lista de minerais prioritários, integração com a transição energética, governança democrática, agregação de valor local, circularidade e inovação. Esse documento já oferece um caminho consistente para estruturar uma política de Estado.

Mais recentemente, o próprio governo federal reconheceu a urgência do tema. O Ministério de Minas e Energia anunciou que a Política Nacional de Minerais Críticos será lançada ainda em 2025. Na Câmara dos Deputados, tramita o PL 2780/2024, que institui a PNMCE e cuja aprovação é esperada antes da COP30, em novembro. A ANM também criou um departamento dedicado exclusivamente a minerais críticos e estratégicos, fortalecendo a institucionalidade do tema.

Além disso, foi lançado, em conjunto com o setor privado, um novo Green Paper sobre minerais críticos e a COP30, reforçando o papel do Brasil na diplomacia global desses recursos. Estas iniciativas apontam para um alinhamento promissor entre Executivo, Legislativo e setor privado. Mas para que se traduzam em confiança e atração de investimentos, é indispensável que o país estabeleça regras claras de pré-qualificação, exigindo capacidade técnica e financeira robusta de qualquer empresa interessada em concessões. Não podemos permitir que aventureiros se apossem de ativos vitais à transição energética e à reindustrialização.

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Se quisermos protagonismo, concessões devem ser condicionadas a compromissos de investimento real, processamento local e integração às cadeias produtivas nacionais. Mais que extrair, é preciso refinar, industrializar e inovar no Brasil.

A corrida global pelos minerais críticos não é apenas sobre geologia – é sobre visão, credibilidade e soberania. O Brasil tem os recursos, as propostas e as instituições necessárias para se tornar referência mundial. Agora falta transformar boas intenções em política pública efetiva e duradoura. A hora de agir é agora.

JEAN PAUL PRATES

*Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia e Mestre em Economia da Energia pelo IFP School (Paris). Foi presidente da Petrobras (2023–2024) e senador da República (2019–2023)

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