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Ouro lidera ranking dos investimentos no primeiro semestre com alta de mais de 25%

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ouro foi o grande destaque entre os principais investimentos no primeiro semestre de 2025. A valorização de 25,69% no período colocou o metal precioso no topo do ranking de rentabilidade entre janeiro e junho, à frente da Bolsa de Valores e do Bitcoin. Apesar da leve retração de 0,12% em junho, o ativo consolidou-se como o investimento mais rentável no acumulado do ano.

Em segundo lugar no semestre ficou o Ibovespa, principal índice da B3, com alta de 15,44%. O desempenho reflete o otimismo de parte do mercado com o crescimento econômico, apesar das incertezas políticas e fiscais no país.

O Bitcoin também apresentou forte valorização no semestre, com 14,88%, sendo o melhor desempenho do mês de junho, com alta de 2,93%. Já o Tesouro Prefixado 2029 teve rentabilidade de 13,04% no semestre, enquanto o IFIX, que representa os fundos imobiliários, subiu 11,79%.

Na outra ponta do ranking, o dólar comercial teve queda expressiva de 12,08% no semestre, influenciado por fatores como o fluxo de capital estrangeiro e a manutenção de juros elevados no Brasil. O dólar turismo caiu ainda mais: 12,24%. O IGP-M, índice usado em contratos de aluguel, também ficou no negativo, com baixa de 0,94% no período.

Ouro lidera ranking dos investimentos e poupança fica para trás

poupança, apesar de continuar sendo um dos investimentos mais populares, teve rendimento modesto: 3,99% no semestre.

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Veja o ranking completo no 1º semestre de 2025

Investimento Rentabilidade (semestre) Junho
Ouro 25,69% -0,12%
Ibovespa 15,44% 1,33%
Bitcoin 14,88% 2,93%
Tesouro Prefixado 2029 13,04% 1,52%
IFIX 11,79% 0,63%
Tesouro IPCA+ 2035 7,66% -0,18%
Poupança 3,99% 0,67%
IPCA-15 3,06% 0,26%
BDRs -7,39% 1,55%
IGP-M -0,94% -1,67%
Dólar comercial -12,08% -4,97%
Dólar turismo -12,24% -5%

Por que investir em ouro?

O ouro é considerado um “ativo de proteção”, pois tende a manter seu valor mesmo quando outros investimentos, como ações ou imóveis, sofrem perdas. Ele serve como uma reserva de valor e um hedge (proteção) contra a instabilidade econômica e a desvalorização da moeda.

Formas de investir em ouro

Existem diversas maneiras de investir em ouro. Cada uma tem vantagens e desvantagens, dependendo do perfil do investidor.

1. Compra de ouro físico

  • Como funciona: Você compra barras ou moedas de ouro e as guarda em casa ou em cofres alugados.
  • Onde comprar: Casas de moeda, corretoras autorizadas ou instituições especializadas.
  • Vantagens: É um ativo tangível, você possui o ouro de fato.
  • Desvantagens: Custo com armazenamento, segurança e dificuldade de revenda imediata.
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2. Fundos de investimento em ouro

  • Como funciona: São fundos que aplicam recursos diretamente no ouro ou em ativos ligados ao ouro.
  • Onde investir: Através de corretoras e bancos.
  • Vantagens: Praticidade, segurança e boa liquidez.
  • Desvantagens: Cobrança de taxas de administração e possível oscilação no curto prazo.

3. ETFs de ouro (Fundos de índice)

  • Como funciona: ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo negociado em bolsa que replica a variação do preço do ouro.
  • Exemplo no Brasil: O GOLD11, negociado na B3.
  • Vantagens: Baixas taxas, liquidez diária e acompanhamento fácil.
  • Desvantagens: Está sujeito à variação do mercado e precisa de uma conta em corretora.

4. Contrato futuro de ouro (na B3)

  • Como funciona: Compra e venda de contratos de ouro para datas futuras, voltado a investidores experientes.
  • Vantagens: Alta alavancagem e possibilidade de lucro rápido.
  • Desvantagens: Alto risco e necessidade de conhecimento técnico.

Como começar a investir em ouro (passo a passo simples)

  1. Abra conta em uma corretora confiável: Escolha uma corretora que ofereça fundos de ouro, ETFs ou acesso à B3.
  2. Escolha o tipo de investimento: Ouro físico, fundo, ETF ou contrato futuro.
  3. Defina quanto investir: O ideal é usar o ouro como uma parte da sua carteira de investimentos.
  4. Monitore o mercado: O ouro é influenciado por fatores globais como inflação, juros dos EUA, dólar e crises geopolíticas.
  5. Pense no longo prazo: O ouro é mais eficaz como proteção e reserva de valor do que para ganhos rápidos.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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