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Painel aborda minerais críticos e estratégicos para a transição energética

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No segundo dia da Expominério 2024, especialistas e investidores do setor mineral debateram o papel dos minerais críticos e estratégicos na transição energética. O tema foi abordado pela advogada e sócia da área de mineração da Azevedo Sette, Gabriela Salazar e o geólogo sênior da Reserva Cabaçal Mineração.

Gabriela destacou a relevância dos chamados “minerais críticos” e o papel do Brasil na transição energética. Segundo ela, o Brasil tem potencial para ser uma referência global em minerais essenciais para a transição energética, como o cobre, o lítio e o níquel, devido à vasta presença de reservas desses materiais.

“É um tema que vai muito além do presente; é uma visão de futuro para o país e o setor mineral. Trazer esse debate em eventos como a Expominério reforça a relevância do Centro-Oeste como uma nova fronteira da mineração, com o olhar de investidores estrangeiros voltado para a região,” afirmou Salazar.

Com o aumento da demanda mundial por minerais críticos e estratégicos, o Brasil busca se posicionar como um dos maiores fornecedores globais, aproveitando a riqueza mineral e desenvolvendo políticas públicas que fomentem uma mineração mais sustentável e eficiente.

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Já o geólogo Antônio José de Almeida, da Rio Cabaçal Mineração, apresentou o projeto da empresa focado em ouro e cobre, minerais considerados estratégicos para a transição energética. Em fase de pré-viabilidade, o projeto tem como meta iniciar operações no início de 2026, com expectativa de aumentar a capacidade de produção nacional desses minerais fundamentais.

“O cobre é amplamente utilizado na indústria eletroeletrônica devido à sua excelente condutividade, o que o torna essencial para tecnologias renováveis. Já o ouro tem seu uso consolidado em microchips e alta tecnologia, sendo fundamental para o avanço de dispositivos eletrônicos,” explicou Almeida.
Ao final, Antônio parabenizou a organização da 2ª Expominério, pois o evento é crucial para conectar empresas e divulgar projetos, além de promover diálogo com o governo para a obtenção de licenças prévias e de incentivos, aspectos que contribuem para a viabilidade econômica do setor.

Sobre a Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras e cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

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O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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