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Maior cooperativa de garimpeiros do Brasil, Coogavepe reforça compromisso com mineração sustentável

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Presente na 2ª Expominério, a Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe) tem mostrado no estande e na programação do evento o seu compromisso com uma mineração responsável e sustentável.

Fundada em 2008 com apenas 23 cooperados, a cooperativa cresceu e hoje conta com cerca de 7 mil membros, tornando-se a maior do Brasil em atividade do setor, com uma produção média anual de 4 toneladas de ouro.

A participação da Coogavepe na feira, que reuniu expositores, empresários, estudantes, poder públicos e todos os demais envolvidos na cadeia econômica do setor mineral, destacou os esforços da cooperativa em aliar o desenvolvimento econômico ao respeito ao meio ambiente e à legalidade.

“O foco da nossa atuação está no cuidado com as pessoas e com o meio ambiente. Nossa atividade é totalmente regulamentada, com título minerário (PLG) e licenças ambientais, atendendo rigorosamente às normas de exploração sustentável. É preciso distinguir que a mineração da cooperativa é comercializada através de canais oficiais e regulados pelo Banco Central, com os impostos recolhidos na fonte”, destacou o presidente da Coogavepe, Gilson Camboim.

No evento, a Coogavepe também apresentou os projetos socioambientais que desenvolve na região, como recuperação de áreas exploradas, reflorestamento, agroflorestas e piscicultura. Esses projetos buscam revitalizar o ecossistema e fomentar a economia local.

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“A mineração responsável que praticamos vai além da extração. Nós transformamos áreas em desuso em espaços produtivos e sustentáveis, o que beneficia diretamente as comunidades locais”, explicou Camboim.

A 2ª Expominério é uma oportunidade para a cooperativa expor sua estrutura, que inclui uma equipe multidisciplinar com biólogos, geólogos e engenheiros florestais. Eles apoiam os cooperados na legalização de suas atividades e no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda global criada pela ONU para promover práticas sustentáveis.

O presidente destacou ainda que eventos como a Expominério são fundamentais para desmistificar o setor de mineração, que ainda é visto de maneira pejorativa em muitas ocasiões.

“A mineração é essencial para tecnologias modernas e energia limpa, presentes em nosso cotidiano. O ouro, por exemplo, vai além das joias e está em dispositivos hospitalares, eletrônicos e até em componentes gastronômicos. Precisamos que a sociedade entenda essa importância e o compromisso das cooperativas com práticas sustentáveis.”

A Expominério reforçou a relevância da mineração de pequena e média escala, uma produção que, segundo Camboim, corresponde a 80% dos bens minerais do país. Ele sublinhou a relação harmoniosa entre a mineração artesanal e a industrial, onde cada segmento tem seu papel.

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“Nosso setor explora as camadas superficiais, e a mineração industrial atua nas camadas mais profundas, exigindo alta tecnologia e equipamentos”, explicou.

Expominério 2024

A Expominério 2024 segue com programação até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras d cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.

O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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