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Por que a CHINA está comprando OURO? Países como EUA, Rússia e Coreia estão curiosos sobre esse movimento no mercado e o Brasil também deveria ficar!

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Nos últimos meses, o mundo tem assistido a uma movimentação curiosa: a China está comprando ouro como nunca antes. Em março, o país acumulou impressionantes 72,74 milhões de onças de ouro, marcando sua 17ª compra consecutiva e elevando o preço do metal precioso a níveis recordes, com uma onça chegando a valer US$ 2.355 nas negociações asiáticas. Mas por que a China está comprando ouro? E o que isso significa para a economia global? Neste artigo, vamos explorar as razões por trás dessa estratégia e o seu impacto.

Aumento recorde nos preços do ouro

Em abril, o preço do ouro atingiu um recorde histórico, com a onça troy (aproximadamente 31 gramas) chegando a valer US$ 2.355 nas negociações asiáticas. Esse aumento está diretamente ligado ao movimento da China, que acumulou 72,74 milhões de onças troy finas em março, marcando a 17ª compra consecutiva do metal precioso. Esse movimento não passou despercebido pelo mercado e gerou uma série de especulações sobre os motivos por trás da estratégia chinesa.

O ouro é conhecido por ser um ativo seguro em tempos de crise. Nos últimos anos, o metal já havia experimentado outras altas, como durante a crise de 2008 e durante a pandemia de COVID-19. Mais recentemente, o ouro subiu novamente com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Tudo isso contribui para a percepção de que o ouro é uma reserva de valor em tempos de incerteza.

Por que a China está comprando ouro?

Por que a China está comprando ouro? Existem duas razões principais: a preocupação com a dívida dos Estados Unidos e o risco de sanções econômicas. Com uma dívida que ultrapassa os US$ 34 trilhões, os chineses estão cada vez mais preocupados com a estabilidade econômica dos EUA. Essa incerteza leva a China a buscar alternativas que ofereçam maior segurança para suas reservas.

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Gilberto Cardoso, CEO da Tarraco Commodities, explica que a China está buscando se proteger contra a inflação e diminuir sua exposição aos títulos da dívida americana. “A China está preocupada com o nível de endividamento americano. Ela aumenta sua reserva de ouro físico e vende treasuries, buscando um ativo que oferece proteção contra a inflação,” destaca Cardoso.

Outros fatores, como a crescente tensão geopolítica entre China e Estados Unidos tem levado o país asiático a buscar maneiras de proteger sua economia de possíveis sanções. O dólar, que por muito tempo foi a principal moeda de reserva global, agora é visto como uma “arma” pelos chineses. Nesse cenário, o ouro surge como uma alternativa segura e menos suscetível a pressões políticas.

Qual é o papel do ouro na estratégia chinesa?

O ouro é visto pela China como um porto seguro em tempos de crise. Historicamente, o metal precioso tem sido uma reserva de valor confiável, especialmente durante períodos de turbulência econômica e política. A reserva de ouro da China, que atualmente totaliza 2.262,45 toneladas, é uma das maiores do mundo. Esse acúmulo não apenas protege o país contra possíveis sanções, mas também oferece uma forma de diversificar suas reservas, reduzindo a dependência do dólar.

Paulo Roberto Feldmann, professor de economia internacional da USP, ressalta a importância da diversificação. “A China é um dos países que mais aplica em dólar. É natural que resolva aplicar em outras moedas, inclusive na sua própria, o Yuan. A aplicação em ouro é uma estratégia natural para um país que busca reduzir riscos.”

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O futuro do ouro e da economia global

A tendência de compra de ouro pelos bancos centrais, liderada pela China, é vista como uma forma de proteção contra a incerteza econômica e geopolítica. Segundo um estudo do FMI, essa prática se intensificou desde o início da guerra na Ucrânia, quando muitos países começaram a buscar alternativas ao dólar para proteger suas economias.

Cardoso sugere que a China pode estar se preparando para um futuro em que o ouro desempenhe um papel central no sistema monetário global. “No futuro, a China pensa em ter uma moeda digital lastreada em ouro. Ela teme que a base monetária americana perca o controle com endividamento e tenha uma inflação global sem freio.”

A compra massiva de ouro pela China é mais do que uma simples estratégia de investimento. É uma resposta às incertezas econômicas e geopolíticas, bem como uma tentativa de proteger a economia chinesa de possíveis sanções e crises futuras.

À medida que a China continua a acumular ouro, o impacto dessa estratégia será sentido não apenas no preço do metal precioso, mas também no equilíbrio econômico global. O que resta saber é como outros países e mercados reagirão a essa mudança no jogo das reservas internacionais.

Se você estava se perguntando por que a China está comprando ouro, agora já sabe as razões por trás dessa estratégia! Fique de olho, pois esse movimento é só o começo de uma história que promete impactar o cenário econômico global nos próximos anos.

 

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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