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Nova técnica permite criar diamantes em poucos minutos

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Cientistas do Instituto de Ciências Básicas da Coreia do Sul (KBSI) desenvolveram um novo método que permite criar diamantes artificiais em poucos minutos. A técnica é baseada em uma mistura de metais líquidos, e possibilita que as pedras sejam criadas com uma necessidade de compressão muito menor do que as demais formas sintéticas.

  • Cientistas do Instituto de Ciências Básicas da Coreia do Sul desenvolveram um método para criar diamantes artificiais em poucos minutos;
  • A técnica consiste em uma mistura de metais líquidos exposta a metano e hidrogênio aquecida a 1.025°C (1.877°F) e resfriada rapidamente em um sistema de vácuo personalizado;
  • Graças ao composto de metais, o processo permite criar os diamantes a uma pressão muito menor do que a necessária em outros processos artificiais;
  • Em apenas 15 minutos, os cientistas criaram fragmentos de cristais de diamante; em duas horas e meia, um filme contínuo foi produzido;
  • O método segue sendo estudado pela equipe em busca de melhorias;
  • O artigo foi publicado na revista Nature.
  • Conforme descrito pela equipe em um artigo publicado na revista Nature, um filme contínuo de diamante foi criado em apenas 150 minutos, a uma temperatura de 1.025°C ou 1.877°F e pressão de 1 atm (unidade de atmosfera padrão) – que equivale à pressão em nível do mar e é milhares de vezes menor que a exigida normalmente em outros processos.

    Método produz fragmentos de diamante em 15 minutos

    Como explica a equipe no artigo, foi possível reduzir a pressão necessária graças a uma mistura de gálio, ferro, níquel e silício nas formas líquidas. O composto foi exposto a uma combinação de gases metano e hidrogênio enquanto era aquecido e resfriado muito rapidamente em um sistema de vácuo personalizado construído em um invólucro de grafite.

    No processo, os átomos de carbono do metano se espalham no metal líquido e atuam como “sementes” para os diamantes. Em apenas 15 minutos, os cientistas notaram que pequenos fragmentos de cristais de diamante já haviam sido extrudados abaixo da superfície do metal. Após duas horas e meia, a equipe produziu um filme contínuo de diamante.

  •  Os pesquisadores agora buscam aprimorar o processo. “Sugerimos que modificações simples poderiam permitir o cultivo de diamantes em uma área muito grande, usando uma superfície ou interface maior, configurando elementos de aquecimento para alcançar uma região de crescimento potencial muito maior e distribuindo carbono para a região de crescimento de diamantes de algumas novas maneiras.” escrevem no artigo.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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