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Ibovespa sobe com minério e Nova York, após Fed, mas alta é moderada por Copom

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O Ibovespa sobe na abertura desta quinta-feira, 21, seguindo a alta dos índices futuros de ações de Nova York – ainda reagindo ao sinal “dovish” do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) – e do minério. A commodity subiu 2,72% em Dalian, na China, nesta quinta-feira. Assim, o índice pode buscar a importante marca psicológica dos 130 mil pontos, após ontem ter recuperado o nível dos 129 mil pontos.
Na quarta-feira, o Federal Reserve manteve os juros no nível atual e reafirmou a projeção de que cortará as taxas três vezes este ano, num ciclo total de 0,75 ponto-base, elevando as apostas de que a redução inicial poderá vir em junho. As bolsas americanas fecharam nas máximas, após a decisão e reagindo a falas do presidente do Fed, Jerome Powell. Isso também impulsionou o Ibovespa, que subiu 1,25%, aos 129.124,83 pontos.
“O Fed foi mais dovish indicação de corte de juros, as bolsas subiram e os juros cairam”, observa Jansen Costa, sócio fundador da Fatorial Investimentos.
Segundo Costa, a questão dos juros no Brasil é mais fácil de ser resolvida do que nos EUA, dado que aqui a Selic já está caindo há um tempo. Embora seja mais fácil, “dependemos do que virá dos Estados Unidos” em termos de juros para direcionar os ativos.
Também na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu pela sexta vez seguida, a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, desta vez de 11,25% para 10,75% ao ano. A mudança de tom veio no comunicado divulgado depois da reunião do colegiado, que abriu caminho para uma troca no ritmo dos novos cortes.
A alta do principal indicador é moderada exatamente por um ajusta ao tom do Copom. Para Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, o comunicado do Copom trouxe uma alteração importante, ao indicar uma redução da mesma magnitude apenas na “próxima reunião”, e não mais nas “próximas reuniões” conforme observado até o comunicado anterior.
“De todo modo, mantemos nosso cenário de duas quedas adicionais dessa magnitude de 0,50 pontos-base, e fim do ciclo com um ajuste derradeiro de 25 bps em julho. Com isso, projetamos Selic em 9,5% ao final deste ciclo, com uma redução residual em 2025, para 9,0%”, detalha em relatório o economista da Tendências.
Hoje, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu manter sua taxa básica de juros pela quinta vez consecutiva, em 5,25%, após concluir reunião de política monetária.
No cenário corporativo, a Petrobras fica no radar. A empresa divulgou as indicações da União e de minoritários para as eleições dos Conselhos de Administração e Fiscal. Já a Allos, LWSA, Cogna, Santos Brasil e Positivo divulgaram resultados do quarto trimestre de 2023.
Às 10h11, o Ibovespa subia 0,18%, aos 129.423,68 pontos, ante abertura aos 129.125,42 pontos, com variação zero. Vale e Petrobras subiam em torno de 0,80%.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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