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Brasil e Alemanha assinam acordo de cooperação nas áreas de extração e beneficiamento de minerais

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O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério Federal da Economia e Ação Climática da República Federativa da Alemanha assinaram uma declaração conjunta de intenções para cooperação nas áreas de extração e beneficiamento de recursos minerais e da economia circular em compatibilidade com o meio ambiente. O documento foi assinado pelo Secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Vitor Saback, representando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e pela Secretária de Estado Parlamentar da Alemanha, Franziska Brantner.

“O Brasil é o grande celeiro do mundo quando falamos sobre a diversidade e quantidade de reservas minerais. Com essa parceria, estamos aprimorando o setor, buscando a troca de experiências e tecnologias para alavancar toda a cadeia mineral: da extração ao processamento”, comemorou o ministro. “Estamos fortalecendo o setor mineral, buscando investimentos e parceiros estrangeiros, além de trabalhar para assegurar que a atividade seja cada dia mais segura e mais sustentável”, finalizou Silveira.

“É um grande passo para os países assinar esse documento que trata sobre mineração e sustentabilidade, pois mostra como estamos convergentes nos planos em relação à mineração. Espero que Brasil e Alemanha estejam cada vez mais próximos, buscando outras cooperações”, falou Saback.

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Com o acordo, os países se comprometem em fortalecer as relações nas áreas de investigação, exploração, extração, tratamento, transformação e reciclagem de recursos minerais ao longo de toda a cadeia de valor agregado da indústria de mineração; transformação e processamento eficiente de recursos minerais, compatível com o meio ambiente e realizado de forma socialmente responsável, para fins de desenvolvimento das cadeias locais de valor agregado e cooperação no desenvolvimento de atividades ambiental, econômica e socialmente seguras e sustentáveis de mineração e pós-mineração.

O intercâmbio de experiências entre os órgãos competentes da República Federativa do Brasil e da República Federal da Alemanha sobre as normas de licenciamento ambiental para a exploração, a realização de atividades de mineração e pós-mineração, além do estímulo a discussões e intercâmbio de experiências sobre padrões de proteção ambiental e social na extração, no tratamento e na reciclagem de recursos minerais também são objetos da declaração.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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