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ECONOMIA

Nova geração chinesa está impulsionando febre do ouro

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China tem vivenciado uma nova febre do ouro, liderada pela nova geração chinesa. De acordo com estatísticas da Associação Chinesa de Ouro, em 2023, o consumo nacional do metal atingiu quase 1090 toneladas, um aumento de 8,78% em relação ao ano anterior. A faixa etária de 25 a 34 anos se tornou a principal força consumidora de ouro, com sua proporção aumentando de 16% para 59% em 2023.

Há vários fatores por trás do crescente interesse dos jovens chineses pelo ouro. Por um lado, com o ressurgimento da moda na China, os joalheiros estão se esforçando para criar mais joias de ouro elegantes que incorporam elementos estéticos e culturais tradicionais chineses, atraindo cada vez mais consumidores jovens.

Por outro, devido ao desempenho relativamente positivo do ouro nos mercados de capital nos últimos anos, os jovens chineses estão vendo o ouro como um produto de investimento.

Com o feriado prolongado de Ano Novo Chinês, fevereiro desde ano é o período de auge para as lojas de ouro em todo o país, com muitos consumidores jovens fazendo compras. Um casal de vinte e poucos anos, Wang Yinghao e Zhao Wenxiu, gastou mais de RMB 7 mil (cerca de US$ 1 mil) em uma loja de ouro em Jinan, na província de Shandong, comprando um colar de ouro e uma pulseira de ouro para seus pais.

“Os estilos de design de joias de ouro hoje em dia são requintados”, disse o proprietário da loja de ouro, Xia Liuxia. Colares de ouro puro, pulseiras, anéis e outros itens com valores entre RMB 2 mil e RMB 3 mil são os mais populares entre os jovens consumidores.

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Apelo da moda

A característica da “moda chinesa” é a incorporação de elementos culturais tradicionais em designs únicos. Como resultado, cada vez mais joalherias de ouro na China estão aderindo a essa tendência, projetando produtos de joalheria que incorporam elementos da cultura tradicional chinesa para atender às demandas estéticas dos consumidores jovens.

Em uma loja de ouro em Jinan, um pingente de ouro em forma de cadeado, gravado com carpas e flores de lótus, é um dos mais vendidos e populares entre as joias de ouro na plataforma de mídia social “Xiaohongshu” na China.

Nos últimos anos, a atualização de antigas técnicas de ourivesaria chinesa, como “ouro antigo” e “ouro rígido”, tem proporcionado mais possibilidades para designs inovadores.

Ding Xiaokang, responsável pelo varejo do Shandong Gold Group, disse: “Estamos buscando ativamente colaborações com universidades, herdeiros de patrimônio cultural intangível e instituições de arte e cultura para explorar melhor a integração da cultura tradicional e a inovação em design e artesanato de joias de ouro, trazendo vitalidade para a indústria do ouro.”

Wang Zhongwu, professor da Escola de Filosofia e Desenvolvimento Social da Universidade de Shandong, afirmou que, em um passado recente, o ouro simbolizava o bom gosto da geração mais velha, mas agora é uma declaração de identidade da geração Y, representando estilo pessoal e lealdade cultural.

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Os chineses, especialmente a geração mais jovem, estão aceitando o ouro como um investimento seguro devido à sua menor volatilidade e risco reduzido.

Dados da Bolsa de Ouro de Xangai mostram que, no final de dezembro de 2023, o ouro com pureza de 99,99% ou superior estava sendo negociado a RMB 479,59 por grama, um aumento de 16,69% em relação ao preço de abertura no início de 2023.

Em uma agência do Banco de Agricultura da China na província de Guizhou, um funcionário está apresentando produtos de ouro para uma cliente nascida nos anos 90.

De acordo com Xiong Xiong, consultor financeiro da agência, as vendas de produtos de ouro na agência de Guizhou aumentaram significativamente desde 2021, com vendas de cerca de RMB 27,5 milhões em 2022 e cerca de RMB 62,9 milhões em 2023, mais que dobrando.

Para atender à tendência de consumo de ouro entre os jovens, o banco lançou produtos de ouro em pequenas gramagens no final de 2023, permitindo que mesmo aqueles com orçamentos limitados possam comprar.

“Com base no desempenho atual do mercado, o preço do ouro está relativamente estável e pode continuar a subir.”

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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