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Mineração: reaproveitamento de rejeitos pode reduzir impactos ambientais

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Desde 2021, a Vale, maior mineradora do Brasil, já destinou 900 mil toneladas de areia sustentável ao setor de construção civil e a projetos de pavimentação rodoviária. Foram necessários sete anos de pesquisa para a criação da Agera, empresa específica de comercialização da areia produzida a partir do tratamento dos rejeitos gerados pelas operações de minério de ferro da Vale. Agora, a expectativa é distribuir 1 milhão de toneladas ainda neste ano e 2,1 milhões de toneladas em 2024.

Atualmente, são sete pontos de atendimento ao cliente e há estoque de material em dois estados: Minas Gerais e Espírito Santo. Mais de 80 fábricas de sete segmentos diferentes são atendidas pela empresa. Para a logística, são necessárias sete transportadoras rodoviárias e três fornecedores de frete ferroviário.

O CEO da Agera, Fábio Cerqueira, diz que a empresa nasceu para atender as necessidades do mercado. “Estamos estruturados para acelerar o desenvolvimento de produtos e materiais sustentáveis, atendendo às especificidades que o mercado exige. Além disso, nossas soluções logísticas permitem uma eficiência de ponta a ponta para garantir a agilidade no fornecimento da areia sustentável”, afirma.

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O volume ainda é inexpressivo, se comparado aos cerca de 47 milhões de toneladas de rejeitos produzidos pela Vale em 2022, mas a expectativa com o lançamento da companhia é ampliar esses números nos próximos anos.

Os rejeitos da Vale, que podem ser dispostos em barragens ou em pilhas, são gerados a partir do processamento a úmido do minério de ferro e são compostos basicamente de sílica — principal componente da areia — e óxidos de ferro. Estima-se que de 70% a 80% do material enviado à barragem é arenoso. As pesquisas para reaproveitamento da areia e redução de rejeitos acontecem desde 2014 e a Agera continua investindo em estudos e desenvolvimento de novas soluções.

O diretor da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Luiz Antônio Vessani, comenta os pontos positivos da iniciativa.  “Eu acho que é muito bom para o meio ambiente, que pode ser bom para a construção civil, na medida que vai gerar um insumo controlado, de qualidade e, talvez, com um custo menor”, observa.

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Para cada tonelada, a companhia deixa de depositar também uma tonelada de rejeitos em suas barragens. A expectativa é atingir, em 2025, 3 milhões de toneladas.

Mercado

O setor mineral é responsável por 4% do PIB nacional. No primeiro semestre de 2023, registrou alta de 6% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 120 bilhões. As exportações minerais brasileiras alcançaram US$ 19,85 bilhões e 177,2 milhões de tonelada. Só do minério de ferro foram US$ 13,7 bilhões e quase 170 milhões de toneladas exportadas de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Fonte: Brasil 61

 

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Expominério 2025 apresenta tecnologias que substituem o mercúrio na mineração

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A mineração brasileira vive um processo de transformação silenciosa e profunda, e Mato Grosso está entre os protagonistas dessa mudança. A Expominério 2025, o maior evento de mineração do Centro-Oeste, terá lançamento oficial na próxima quinta-feira, dia 25 de setembro, às 19h, no Aeroporto Santo Antônio, no município de Santo Antônio de Leverger.

Este ano, a feira contará com um embaixador especial: o minerador Valdnei Mauro de Souza, que representa a força e a tradição da mineração em Mato Grosso. Durante o lançamento, será realizada também a assinatura do Protocolo Ouro sem Mercúrio – uma iniciativa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), em parceria com o SEBRAE e mineradoras da Baixada Cuiabana. Um marco histórico para a mineração mato-grossense, reforçando o compromisso com práticas sustentáveis e responsáveis no setor.

Novos métodos como mesas vibratórias, lixiviação e calhas concentradoras têm ganhado espaço e permitido ganhos de eficiência, segurança e qualidade no processo de beneficiamento mineral. “Essa modernização não é apenas um discurso. Em Mato Grosso, mineradoras e cooperativas vêm testando e implementando práticas que reduzem os impactos ambientais, garantem maior controle técnico e, sobretudo, demonstram que a mineração pode gerar riqueza sem comprometer a saúde dos ecossistemas. Áreas mineradas e de garimpo, antes consideradas improdutivas, têm sido recuperadas e convertidas em novas oportunidades econômicas, como agropecuária e piscicultura. Há ainda experiências inovadoras, como o reaproveitamento de rejeitos da Baixada Cuiabana na produção de vasos decorativos, agregando valor a um subproduto da atividade”, explica a advogada especialista em direito minerário, Pamela Alegria, que é uma das organizadoras da Expominério.

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O avanço da mineração sustentável ganha ainda mais relevância quando associado à demanda mundial por minerais críticos — como zinco, níquel, manganês e fosfato — essenciais para a produção de baterias, carros elétricos, sistemas de defesa e inovações tecnológicas.

Mato Grosso, que já é líder nacional na produção de calcário corretivo, autossuficiente em cimento e água mineral, também se firma como fornecedor desses insumos estratégicos. Hoje, 23,8% do território estadual está sob processos minerários, o equivalente a duas vezes a área de Portugal.

Expominério 2025

A Expominério 2025 será realizada em Cuiabá de 26 a 28 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, e se consolida como o maior evento de mineração do Centro-Oeste. Mais do que uma feira de negócios, ela é a vitrine de uma mineração que busca se reinventar: reúne mineradoras, cooperativas, indústria, pesquisadores, governo e sociedade em torno de debates sobre responsabilidade social, inovação e preservação ambiental.

A mineração se apresenta como um vetor de estabilidade econômica, geração de divisas e oportunidades no país. Com R$270 bilhões movimentados no país em 2024 — quase metade da balança comercial —, o setor mostra que pode ser também protagonista em sustentabilidade, inovação e competitividade. A Expominério é a expressão desse movimento.

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O EVENTO – A Expominério 2025 é uma realização da DPH e tem como patrocinador oficial o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC-MT); patrocinadores Ródio: Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso – FECOMIN, Fomentas Mining Company; patrocinadores Diamante: Nexa Resources e Keytone; patrocinadores Ouro: Salinas Gold Mineração, Rio Cabaçal Mineração e Aura Apoena. Mais informações www.expominerio.com.br

SERVIÇO:
LANÇAMENTO DA EXPOMINÉRIO
DATA: 25 de setembro de 2025 (quinta-feira)
HORA: a partir das 19h
LOCAL: aeroporto Santo Antônio, no município de Santo Antônio do Leverger
Mais informações: (65) 98129-1005

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