CUIABÁ
Search
Close this search box.

BLEU ROYAL

Diamante azul é vendido por R$ 213 milhões em leilão da Christie’s

Publicado em

O maior diamante internamente puro, sofisticado e com azul vívido já colocado em leilão foi vendido por impressionantes US$ 43,8 milhões (R$ 213 milhões) em um leilão de joias raras da Christie’s em Genebra nesta terça-feira (7), anunciou a casa de leilões.

O diamante azul vívido, conhecido como “Bleu Royal” e incrustado em um anel, está entre os mais raros já descobertos. Com 17,6 quilates, ele tinha um valor estimado de até US$ 50 milhões (R$ 243 milhões) antes da venda.

“A pedra rendeu quase USS 44 milhões”, disse Rahul Kadakia, diretor internacional de joias da Christie s. Euma enorme quantidade de dinheiro, dado o que está acontecendo no mundo hoje.”

Max Faweett, diretor do departamento de joias da Christie’s em Genebra, disse que o diamante era único por causa de sua cor azul profunda e rica e por seu formato brilhante de pera pão modificado.

“Realmente preencheu todos os requisitos, e é por isso que conseguimos entusiasmar colecionadores de todo o mundo, desde o Extremo Oriente até a América’, disse ele. ” Estamos extremamente satisfeitos com o resultados.”

Leia Também:  Parceria entre cooperativas e mineradoras promove desenvolvimento e segurança jurídica

No leilão desta terça-feira (7), a Christie’s vendeu dezenas de peças de joalheria raras no valor total combinado de mais de US$ 77 milhões (R$ 375 milhões).

Em uma venda separada na segunda-feira (6), a Christie’s vendeu um relógio de pulso Rolex usado por Marlon Brando no filme “Apocalypse Now”, de 1979, por mais de 4,5 milhões de francos suíços (US$ 4,99 milhões).

O ator gravou sua assinatura nas costas do relógio para evitar que a peça fosse trocada acidentalmente durante as filmagens. Há dois anos, esse mesmo relógio foi vendido em leilão por 2 milhões de francos suíços.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

Notícias

Como a China dominou minerais críticos da transição

Published

on

Tecnologias modernas têm como peças-chave 17 elementos da tabela periódica: as terras raras, essenciais para inteligência artificial, chips, bombas e produção de energia limpa. A China domina a produção, define preços e transforma esses metais em moeda geopolítica.

A mineração é apenas o primeiro passo. O maior desafio está no processamento, separação e refino dos elementos, que são caros e complexos.

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) estima que a China seja responsável por cerca de 61% da produção de terras raras e 92% do seu processamento. É justamente isso que confere ao país uma posição de força no tabuleiro da geopolítica.

As terras raras também são importantes para sistemas de defesa avançados, como fabricação de jatos militares, mísseis e sistemas de radar.

Isso garante à China um poder de barganha. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, por exemplo, a China restringiu exportações de certos elementos, o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos o que coloca as indústrias americanas de ponta em risco, como a de veículos elétricos e a de defesa.

Não foi a primeira vez que terras raras entraram no centro de disputa dos EUA. Em 2022, Trump chegou a negociar com a Ucrânia a extração desses minerais em meio às conversas sobre um possível acordo de paz com a Rússia, ainda nos primeiros meses da guerra.

Hoje, países correm para diversificar suas fontes de suprimento e fortalecer suas próprias produções. “Mesmo antes do governo Trump, a Europa já havia acendido o alerta para os riscos da dependência externa de minerais estratégicos”, diz Júlio Nery, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Leia Também:  Investimentos internacionais em Mato Grosso e a percepção do desenvolvimento socioeconômico dos municípios mineradores (Ouro, diamante, calcário e Zinco)

A ascensão chinesa

A China reconheceu o valor estratégico das terras raras nos anos 1960, quando os Estados Unidos ainda dominavam o mercado. Desde então, começou a copiar o modelo americano e comprou empresas estrangeiras – inclusive a maior empresa americana de ímãs de terras raras, a Magnequench.

Isso permitiu que a China tivesse em mãos as patentes, equipamentos e expertise técnica.  Nos anos 1990, o então líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997), fez uma declaração que ficou famosa: “O Oriente Médio tem petróleo, a China tem terras raras.”

O investimento nesses minerais tornou-se uma estratégia de Estado. O país buscou consolidar a indústria, reduzindo-a para seis grandes empresas, em uma campanha chamada de “guerra secreta” contra a produção ilegal.

Também foram feitos investimentos em mapeamento geológico, a primeira etapa para o desenvolvimento da mineração, diz Guilherme Sonntag Hoerlle, geólogo e professor da Universidade Federal do Paraná.

“Há mais de 25 anos, a China investiu pesado em pesquisas nesses depósitos. Não porque tivesse reservas muito maiores, mas porque o governo chinês enxergou o potencial de longo prazo e manteve consistência”, diz.

Hoje, a China também tem consolidadas indústrias de carros elétricos, turbinas eólicas e robótica, que criam demanda interna significativa para terras raras e contribuem para gerar mais valor na cadeira.

Descaso ambiental

Esses avanços foram possíveis, em grande parte, porque a China operou sob quase nenhuma regra ambiental.

O processo de lixiviação (método químico usado para separar minerais), por exemplo, é feito em pilhas – o minério é empilhado e a solução química escoa dissolvendo os elementos; ou in situ, quando a reação é injetada diretamente no corpo mineral no próprio local.

Leia Também:  UFMT celebra 10 anos do curso de Engenharia de Minas com seminário e confraternização Cuiabá

As soluções usam ácidos fortes, como sulfúrico, nítrico ou clorídrico, que podem se infiltrar no solo e contaminar água e ar. O processo também exige grandes volumes de água e gera resíduos sólidos que, se não forem tratados, se acumulam como passivo ambiental. Um dos casos mais emblemáticos é o lago de rejeitos tóxicos em Baotou, na Mongólia Interior.

A separação e o refino de terras raras usam mais energia que a mineração inicial. A estimativa é entre 9 e 13 vezes a mais para cada tonelada processada.

Agora, países como Japão, Austrália, Canadá e Arábia Saudita vêm estabelecendo limites em suas políticas de minerais críticos, para não depender só da China, segundo Nery, do Ibram. Nesse cenário, o Brasil teria uma “janela de oportunidade” comercial.

“Se criar as condições necessárias, [o Brasil] pode avançar na cadeia de valor e estimular a industrialização local”, diz.

O domínio chinês gera incertezas para investimentos em novas minas e refinarias em outros países. A imprevisibilidade do mercado e a manipulação de preços tornam esses projetos arriscados e afastam capital de companhias no ocidente.

As descobertas de minerais e os processos de extração são de alto risco e investimento. No caso do Brasil, apenas uma mina extrai e exporta – para a China – um produto mais “puro” de terras raras, sem a separação de cada elemento.

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

MAIS LIDAS DA SEMANA