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Mineração provoca ‘boom’ populacional no Pará

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O Censo Demográfico de 2022, levantamento sobre a população brasileira realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que houve um crescimento vertiginoso da população de algumas cidades do Centro-Oeste do país. A principal razão para isso pode estar relacionada à expansão das atividades de mineração na região. Canaã dos Carajás, município localizado no sul do Pará, por exemplo, viu sua população quase triplicar em doze anos: passou de 26,7 mil habitantes em 2010 para mais de 77 mil em 2022.

Em 2016, a cidade recebeu instalações do Projeto Ferro Carajás S11D, da mineradora Vale. Trata-se do maior empreendimento da história da companhia e do maior projeto de mineração do mundo, com investimento total de mais de US$ 16 bilhões. Com isso, em 2020, a cidade registrou o maior PIB (produto interno bruto) per capita do Brasil.

Já na cidade vizinha Parauapebas, a Vale tem uma mina em operação desde 1985, que atualmente é a sede do Projeto S11D. Em 2022, a população desse município chegou a 266.424 habitantes, o que representa um aumento de cerca de 73% em comparação com a estimativa do Censo anterior, de 2010. Parauapebas ocupa hoje o 5º lugar no ranking de municípios paraenses com a maior população.

Esses índices de crescimento populacional estão muito acima da média nacional: de acordo com o Censo 2022, a população do país cresceu 6,45% em relação ao Censo 2010, chegando a 203.062.512 de pessoas. No estado do Pará, o aumento foi de 7,06%.

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“O Projeto S11D está no início das suas operações, e os investimentos estão apenas começando. Por se tratar de uma região muito rica em recursos minerais, o crescimento deve ser ainda maior do que o registrado até agora”, avalia Pedro H. Noronha, proprietário e presidente da PHNoronha Empreendimentos Imobiliários.

Já na cidade vizinha Parauapebas, a Vale tem uma mina em operação desde 1985, que atualmente é a sede do Projeto S11D. Em 2022, a população desse município chegou a 266.424 habitantes, o que representa um aumento de cerca de 73% em comparação com a estimativa do Censo anterior, de 2010. Parauapebas ocupa hoje o 5º lugar no ranking de municípios paraenses com a maior população.

Esses índices de crescimento populacional estão muito acima da média nacional: de acordo com o Censo 2022, a população do país cresceu 6,45% em relação ao Censo 2010, chegando a 203.062.512 de pessoas. No estado do Pará, o aumento foi de 7,06%.

“O Projeto S11D está no início das suas operações, e os investimentos estão apenas começando. Por se tratar de uma região muito rica em recursos minerais, o crescimento deve ser ainda maior do que o registrado até agora”, avalia Pedro H. Noronha, proprietário e presidente da PHNoronha Empreendimentos Imobiliários.

Investir pesado em projetos de exploração de cobre é uma tendência mundial visando à demanda crescente por esse metal, em especial por ele ser essencial para o desenvolvimento de energias renováveis, devido à sua alta condutividade, e para a construção de veículos elétricos, que necessitam de 4 vezes mais cobre do que os modelos convencionais. De acordo com a consultoria KPMG, a demanda por cobre aumentará nos próximos 20 anos e, em 2030, deverá haver déficit de 5 milhões de toneladas no mercado mundial. Nesse contexto, a região de Carajás deve se tornar cada vez mais atrativa.

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Pedro H. Noronha, que desde 2004 investe em galpões industriais e comerciais para atender às empresas prestadoras de serviço à mina instalada na Serra dos Carajás, afirma que, no município de Parauapebas, a PHNoronha Empreendimentos Imobiliários já disponibiliza dezenas de imóveis para esse fim e, além disso, tem levado o mesmo modelo de negócio para Canaã dos Carajás.

O empreendedor conta que, para fornecer produtos e serviços para as mineradoras que atuam na região, empresas de diversos segmentos têm se instalado por lá, o que faz com que haja uma intensa migração de pessoas para essas localidades em busca de oportunidades de trabalho.

“Para se ter uma ideia, atualmente, em Canaã dos Carajás, não há imóveis residenciais ou comerciais disponíveis para locação. Devido à alta procura por imóveis, o mercado de construção civil está extremamente aquecido na região”, diz Noronha.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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