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Saiba quem são os líderes estaduais em produção mineral do Brasil

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Boletim de Mineração 2023, lançado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fasepa), reforça a importância da produção mineral para o Brasil, tendo Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul como os três maiores produtores do segmento nacional.

Em, 2022, a produção mineral brasileira lucrou em torno de R$ 250 bilhões, de acordo com o levantamento da revista Brasil Mineral. As 200 maiores empresas do setor mineral responderam por 86,1% desse valor total, o que corresponde R$ 215,7 bilhões. Juntas, essas empresas recolheram aos cofres públicos R$ 6,512 bilhões em Contribuição Financeira pela Extração Mineral (Cfem).

Com relação aos produtos minerais, as companhias de minério de ferro são líderes no ranking de valoração. As quatro primeiras (Vale, Mineração Brasileiras Reunidas, Anglo American, CSN Mineração), por exemplo, respondem por 53,5% do total do valor gerado pelo segmento.

Maiores estados produtores

Minas Gerais está  em primeiro lugar como estado minerador brasileiro, possuindo 40 das 100 maiores minas de extração do Brasil. Na região centro-sul de Minas está localizado o Quadrilátero Ferríferoque tem como principais minérios o ouro, o manganês e o ferro.

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O segundo colocado é o estado do Pará, com destaque para as regiões da Serra de Carajás e de Oriximiná. Elas abrigam a maior jazida de minério de ferro explorada no mundo. Além disso, há grandes reservas de minérios de manganês, cobre, bauxita, ouro, níquel, estanho e outros.

De acordo com o Boletim de Mineração 2023, o estado se destaca como o segundo estado com a maior produção mineral do Brasil. O estudo destaca a importância da produção mineral paraense no cenário nacional da última década.

Pará é uma das maiores províncias minerais do mundo com uma riqueza e diversidade de minérios como bauxita, cobre, ferro, caulim, ouro, níquel, manganês e calcário, o que atrai grandes investimentos, contribuindo positivamente na geração de emprego, renda, melhorias sociais, bem como no aquecimento da economia do estado.

Para a Agência Nacional de Mineração (ANM), o estado tem se mantido acima de 20% na participação brasileira e alcançou o segundo maior valor de exportação mineral, com US$ 15 bilhões, favorecendo a balança comercial e o aumento do Produto Interno Bruto (PIB).

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Um dos futuros empreendimentos minerários paraenses é o Projeto Volta Grande (PVG), da Belo Sun Mineração, subsidiária da canadense Belo Sun Mining Corp., localizado no município de Senador José Porfírio.

Ele visa à instalação de uma mina e usina de beneficiamento industrial para a extração de 60 toneladas de ouro na região do Xingu, num período de 12 anos, com a possibilidade de se estender devido ao grande potencial mineral da região.

E o Mato Grosso do Sul é o terceiro estado que mais produz minério no Brasil, com distinção para a região do Maciço do Urucum, localizada ao Sul do município de Corumbá – responsável por grande parte da produção de minério de ferro do Brasil e de manganês, contribuindo com cerca de 22% da geração nacional.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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