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Minério de ferro sobe com políticas de apoio da China e sinais de recuperação da demanda

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minério de ferro ampliou seu rali nesta terça-feira, com o índice de referência de Cingapura atingindo o nível mais alto em mais de três semanas, sustentado por medidas de apoio para sustentar a recuperação econômica da China e sinais de aumento da demanda chinesa.

O contrato de setembro mais ativo do ingrediente siderúrgico na Bolsa de Cingapura chegou a subir 3,4%, para 111,05 dólares a tonelada, uma máxima desde 27 de julho.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou a negociação do dia com alta de 4,5%, a 805,50 iuanes (110,52 dólares) por tonelada, estendendo o rali para a nona sessão consecutiva.

“A implementação de medidas de política de flexibilização fiscal e monetária macro e micro-direcionadas em nível municipal e provincial parece estar de volta à moda e ganhando força”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.

Widnell pontuou que a China permitiu que 12 províncias e regiões emitissem 1,5 trilhão de iuanes em títulos especiais de financiamento, que podem ajudar a melhorar o financiamento para projetos de construção e infraestrutura.

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Os cortes nas taxas de juros pelo Banco Popular da China, juntamente com uma demanda de aço em recuperação lenta, também estimularam “choques de alta temporários”, disse ele.

“A elevada produção de gusa e o baixo estoque de minério de ferro nos portos sustentam os preços resilientes das matérias-primas no curto prazo”, disse a empresa de consultoria e dados da indústria Mysteel.

“Os agentes do mercado chinês esperam uma forte demanda doméstica (de aço) em setembro, que é a tradicional temporada de pico de demanda”, disse a Mysteel em sua perspectiva semanal.

O minério de ferro importado estocado nos portos chineses somava 116,5 milhões de toneladas em 11 de agosto, o nível mais baixo desde o final de agosto de 2020, mostraram dados da consultoria SteelHome.

(Reportagem de Enrico Dela Cruz em Manila)

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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