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PUXADOS PELA CONSTRUÇÃO CIVIL

Setor de mineração se programa para investir U$50 bilhões no Brasil

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“Nós sabemos que o setor de mineração está programando investir no Brasil nos próximos cinco anos algo em torno de U$ 50 bilhões. São investimentos muito relevantes para o setor”, afirma Ilso Oliveira, presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O tema será um dos destaques no  96º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), que tem início nesta terça-feira (11) e vai até sexta-feira (14).

Com o nome “Plano de investimentos no setor de mineração e o foco na redução das emissões”, o painel vai apresentar o cenário do setor no Brasil, as prospecções futuras dos investimentos, além  de delinear as perspectivas e ações focadas na redução das emissões de carbono entre as empresas do segmento.

O plano de investimento será apresentado pelo presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, que estará presente no painel detalhando as metas para os próximos quatro anos. Também participarão  os presidentes das federações das indústrias dos estados onde está em execução grande parte dos projetos.

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O evento também vai fomentar o debate de práticas mais sustentáveis para reduzir o impacto ambiental e social, e discutir estratégias para o crescimento pleno do setor de mineração no país.

“Estamos focando também no que tem sido feito para redução das emissões de carbono. É um painel que, além de mostrar muitas oportunidades, vai também nos trazer conhecimento”, explica Ilso.  

PDICON

Ainda durante o ENIC, a CBIC, por meio da COIC, fará o lançamento do programa de Desenvolvimento da Indústria da Construção (PDICON), no dia 14 de abril, às 12h. A iniciativa é uma parceria com o SINDUSCON-MG e Fundação Dom Cabral (FDC).

O programa tem o objetivo de desenvolver a competitividade da indústria da construção, por meio da capacitação e qualificação dos profissionais do setor, com foco nas áreas de gestão, inovação, sustentabilidade, qualidade e produtividade, ampliando a visão sobre a governança e liderança, promovendo uma Rede Colaborativa da indústria da construção com troca de experiências e melhores práticas do setor.

“Vai ser um programa customizado para o setor, em termos de gestão, governança, de discussão sobre as questões de recursos humanos, também questões críticas e estratégicas para as empresas”, explica Carlos Eduardo Borges, diretor de projetos da Fundação Dom Cabral.

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Para o presidente da COIC, a parceria entre a CBIC e Fundação Dom Cabral será fundamental para a divulgação do PDICON. “A ideia é que a gente leve, utilizando da capilaridade da CBIC e a expertise da Fundação Dom Cabral, esse programa a praticamente todos os estados da federação onde há empresas associadas da CBIC”, destacou Ilso Oliveira.

Este painel tem interface com o projeto “Sustentabilidade das Empresas de Obras Industriais e Corporativas” (COIC/CBIC), em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

O 96º Enic é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), conta com a parceria da FEICON; o apoio do Sesi e do Senai; e tem o patrocínio do Sebrae, Mútua, Zigurat, Totvs, Mais Controle, CV, Sienge, Orçafascio, Kone, PhD Engenharia, Alto QI, Acate e Ingevity.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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