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EM ARIPUANÃ

Participação feminina na mineração está acima da média nacional

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A chegada da mineração trouxe novas possibilidades de carreiras para as mulheres em Aripuanã. Através do Programa de Qualificação Profissional da Nexa, moradoras do município se qualificaram e hoje atuam na operação da empresa. Elas representam aproximadamente 30% da mão de obra do empreendimento, a média nacional é de 17%.

Uma dessas mulheres é Taiane Mascarenhas que está há 2 anos na operação da Nexa no município. A colaboradora trabalhava em um hotel da cidade e incentivada por hóspedes da empresa, fez o curso de Mecânica e Manutenção, oferecido gratuitamente em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT), e hoje atua como mantenedora mecânica na operação da mina.

“Trabalho por turno e na minha equipe temos seis homens e somente eu de mulher. No início, não era habitual ver uma mulher trabalhando na área deles, então tivemos um período de adaptação. Hoje somos uma equipe muito unida e comprometida em entregar os resultados. Existe uma troca nessa diversidade, um complemento de habilidades”, comenta Taiane Mascarenhas.

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Outra colaboradora é Tainara dos Santos, operadora de máquinas, moradora há 27 anos de Aripuanã, afirma que a operação da Nexa é um ambiente diverso, com grande participação feminina. “Hoje não temos diferenciação entre a equipe, é um ambiente bem inclusivo. Eu, sempre incentivo outras mulheres que desejam trabalhar na mineração, passando a confiança, que apesar das dificuldades iniciais, é um espaço que está se adaptando para acolher todo mundo”, ressalta.

De acordo com o levantamento de 2022 da Women in Mining Brasil (Win Brasil), que mapeia e analisa a participação feminina na mineração, a média de participação das mulheres nas operações minerais no Brasil é de 17%, no mundo elas representam 22% da mão de obra do setor. Esta realidade está mudando com a implementação de programas de inclusão e diversidade por empresas minerais, como a Nexa, uma das signatárias da Win Brasil, e comprometida no aumento significativo da participação feminina em suas operações, a exemplo da unidade de Aripuanã, que está acima da média do setor.

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Para Nayara Oliveira Abreu, gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Nexa Aripuanã, a pluralidade é um dos compromissos da empresa. “O aumento consistente da participação feminina em Aripuanã é um dos nossos objetivos e parte do nosso compromisso em ser uma empresa cada vez mais plural, com diversidade e inclusão, para promover um ambiente de oportunidade, reconhecimento e acolhimento para todos”, comenta.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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