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EVENTO

Sociedade e Governo buscam meios para transformar a vida de famílias de MT que vivem em zona de garimpo

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O desejo de transformar a vida de famílias em vulnerabilidade que vivem em zona de garimpo no Estado reunirá especialistas renomados e representantes do garimpo tradicional, Governo e terceiro setor no 1º Encontro Garimpo Sustentável (EGASUS). O evento será realizado no Hotel Fazenda Mato Grosso, Cuiabá, dias 22 a 24 de março, com sessões magnas e painéis temáticos. Nesse espaço, será possível compartilhar conhecimentos, experiências e visões de futuro, e colaborar para a construção de saídas sustentáveis e legais para o garimpo.

“Esta é uma grande oportunidade para juntos, várias cabeças, pensarmos soluções, porque esta é uma questão que realmente deve preocupar e envolver todos os atores sociais”, diz o gestor geral do projeto Garimpo Sustentável, Josias Silva de Jesus. Segundo ele, as comunidades tradicionais voltadas ao garimpo, apesar de historicamente contribuírem para o desenvolvimento do Estado, compõe as áreas com menores índices econômicos e sociais, contrastando com outras práticas, a exemplo da agricultura e pecuária, realidade que pretendem transformar com o projeto Garimpo Sustentável.

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O Encontro (EGASUS) é resultado do projeto Garimpo Sustentável, que, desde dezembro de 2021 atua no acompanhamento de quem mora nas zonas garimpeiras no Estado, buscando soluções responsáveis para as pessoas e a atividade.

A parceria é entre a Central das Organizações do Estado de Mato Grosso (Cordemato), a Companhia Mato-grossense de Mineração (METAMAT) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico no Estado de Mato Grosso (SEDEC). Com o apoio das Cooperativas de Garimpeiros, Comunidades Garimpeiras Tradicionais, Câmaras de Vereadores e Prefeituras dos municípios de Guiratinga, Tesouro, Poxoréu, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Alta Floresta, Nossa Senhora do Livramento, Alto Paraguai, Nova Bandeirantes e Juína.

O Garimpo Sustentável tem como meta principal a regularização das atividades da pequena e média mineração e de cooperativas do setor mineral, para consequentemente melhorar a qualidade de vida nessas regiões. A ajuda a famílias garimpeiras vai desde a viabilização de instrumentos, meios e novas práxis exploratórias que as permitam trabalhar dentro da lei, sobretudo, nas regiões garimpeiras tradicionais, até o incentivo à mobilização social para aprovar leis que possam melhor regular o setor.

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Através desta iniciativa, está sendo feito ainda o resgate histórico da cultura nas comunidades garimpeiras tradicionais, como forma de preservar a sua identidade e seus territórios, fortalecendo também o senso de cidadania.

Inicialmente, foi feito um diagnóstico sócio ambiental – estudo de casos reais, para compreensão da realidade atual. Em seguida, um Documentário audiovisual para reportar essa realidade garimpeira, o qual terá a sua estreia durante o EGASUS.

Para ampliar o debate na sociedade, foi criado o podcast “Garimpo Sustentável”, além de informar à população a partir da expertise dos convidados que tratam da questão do garimpo sustentável por diversas perspectivas. Todos os episódios estão disponíveis no canal Estado do Amanhã no YouTube.

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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