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Minas da baixada cuiabana participam de programa da USP para comercialização responsável de ouro

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Minas na baixada cuiabana serão as primeiras do país a participar do Programa de Compra Responsável do Ouro (PCRO), desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP). Em fase de desenvolvimento, a plataforma digital servirá como ferramenta de boas práticas na comercialização de ouro no Brasil.

As minas foram escolhidas para integrar o programa inédito no Brasil, após o Núcleo de Pesquisa para a Pequena Mineração Responsável (NAP.Mineração), detentora do projeto, firmar termo de cooperação com a Fênix DTVM, empresa autorizada pelo Banco Central para atuar como instituição financeira na compra e venda de ouro como ativo financeiro.

Pesquisador e gerente de projetos da NAP.Mineração, Oswaldo Menta Simonsen Nico, explica que a parceria visa a cooperação de informações para análise da plataforma digital, cuja finalidade é trazer noções relevantes sobre o produtor de ouro (garimpo), oferecendo suporte na decisão de compra aos clientes do minério.

“Em um primeiro momento o foco do programa é auxiliar o comprador no poder de decisão ao adquirir o ouro, mostrando que aquele minério veio de uma mina responsável, ambientalmente e socialmente sustentável”, frisa o pesquisador.

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Atuando em conformidade com os critérios de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG), os pequenos mineradores agregam valor ao produto, sendo este, outro importante objetivo do programa.

“Com a plataforma, queremos fomentar que a produção responsável do ouro agrega valor econômico ao produto, já que o cliente está disposto a pagar mais por aquele minério, que não vem de um garimpo ilegal, de áreas onde a exploração não é permitida, por exemplo”, justificou.

Inicialmente, o programa, desenvolvido pela NAP.Mineração, através da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE/USP), não oferece a possibilidade de certificar as minas, porém, pode creditar as participantes através de pontuações, com níveis de conformidade, alto, baixo ou médio.

Ainda segundo o pesquisador, a parceria com a Fênix DTVM surgiu após várias referências sobre os bons trabalhos desenvolvidos pela empresa no setor de mineração e comercialização do ouro, inclusive com reconhecimento nacional e internacional por promover segurança e transparência no segmento.

“Ouvimos falar muito bem da Fênix DTVM, que tem boa relação comercial com os pequenos mineradores e produtores artesanais de ouro. Foi então que buscamos essa parceria para que a empresa possa auxiliar com a qualidade das informações, funcionalidades e ferramentas desenvolvidas e assim, possa contribuir com eventuais adaptações e melhorias ao programa”, ressaltou o pesquisador.

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Diretor da Fênix DTVM, Pedro Eugênio Gomes Procópio da Silva, destaca que a empresa, vem contribuindo com diversas ações e parcerias que buscam promover os avanços na mineração artesanal, de pequeno e médio porte no país e dessa forma, mudar a concepção de que toda mineração é ilegal.

“Por meio do compartilhamento de conhecimento, o setor privado vem buscando alternativas que possam auxiliar os mineradores em suas principais necessidades. Essa parceria com o NAP.Mineração é mais um dos exemplos que reafirmam que a iniciativa privada investe nas boas práticas da mineração de pequena e média escala de ouro no Brasil, contribuindo para a mudança de paradigmas do setor”, salientou o diretor.

 

 

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Investimentos em minerais críticos no Brasil estão decolando, diz presidente do Ibram

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RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os investimentos em projetos de minerais críticos e estratégicos no Brasil “estão decolando” e devem atingir US$18,45 bilhões até 2029, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira.

A projeção representa uma alta de cerca de 3,5% em comparação com o valor previsto para o período de 2024 e 2028, de US$17,85 bilhões, e ainda 27% do total de investimentos em projetos de mineração no Brasil ao longo do período, de aproximadamente US$68,4 bilhões, segundo os dados do Ibram.

Dentre os elementos previstos em minerais críticos, as terras raras ganharam destaque recentemente no noticiário internacional depois que a China, que atualmente domina amplamente a produção desses minerais, restringiu o acesso à sua oferta de produtos de terras raras em meio a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

No caso de projetos para terras raras no Brasil, o Ibram prevê investimentos de US$2,17 bilhões entre 2025 e 2029, com um aumento de cerca de 49% ante o período de 2024 a 2028.

O Brasil tem a segunda maior reserva de terras raras globais, atrás apenas da China, mas com poucos projetos em desenvolvimento.

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“Com relação à questão dos investimentos em minerais críticos estratégicos, eu não tenho a menor sombra de dúvida de que isso está decolando e vai decolar muito mais”, disse Jungmann em entrevista coletiva sobre os dados do setor de mineração no terceiro trimestre.

ungmann ressaltou que os minerais críticos incluem diversos fins, como segurança alimentar — quando se fala de potássio, fosfato e nitrogenado — ou para fabricação de equipamentos de alta tecnologia, como baterias, geradores eólicos e aplicações militares, quando se fala de minerais de terras raras, por exemplo.

A produção de baterias, considerada importante para iniciativas de eletrificação do transporte em meio à transição energética, tem impulsionado também a expectativa de demanda para minerais como lítio, níquel e nióbio, dentre outros.

“Não há possibilidade de que nós, como é o nosso sonho, como é o nosso desejo e, aliás, como é a nossa necessidade, sairmos de uma economia de base fóssil para uma economia renovável sem os minerais críticos e estratégicos”, disse Jungmann.

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O presidente do Ibram mencionou que tem recebido diversas representações do exterior, incluindo países como Austrália, Estados Unidos e China, para falar sobre os minerais estratégicos no país.

Ele também ressaltou que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a retirada de taxas impostas aos produtos brasileiros e que, “evidentemente”, a questão dos minerais críticos será um dos eixos das discussões, sem entrar em detalhes sobre o que pode ser proposto.

Nessa linha, Jungmann ressaltou que o governo brasileiro avançou ao criar na semana passada o Conselho Nacional de Política Mineral, que visa analisar e propor políticas públicas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de minerais críticos e estratégicos no país.

Dentre as iniciativas, o governo planeja instituir garantias financeiras para o financiamento de projetos minerais e incentivos fiscais para etapas de transformação e industrialização.

“As garantias são fundamentais para poder assegurar empréstimos”, disse Jungmann. “Nós não vamos adiante se não tivermos mecanismos de financiamento e mecanismos sobretudo voltados para garantias. Isso é absolutamente crucial e essencial para ser visto.”

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